Rubina Leal defende actuação do GR, lamenta falta de verbas do Estado até ao momento, para realojamento

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Rubina Leal respondeu às questões lançadas por Rui Barreto defendendo a acção do Governo Regional na coordenação do combate aos incêndios de Agosto,  numa perspectiva de reconhecer que os acontecimentos foram efectivamente trágicos, e deixando claro que,  inclusive, viveu de perto a angústia das pessoas ao ver que o fogo que se aproximava ameaçava as suas casas. Elogiando a acção dos bombeiros,  a secretária regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais afirmou que não devem haver dúvidas do esforço que foi desenvolvido pelas forças de socorro, que tiveram de atender a inúmeras ocorrências. Dirigiu, aliás,  palavras de apreço às populações e a todos aqueles que as tentaram socorrer. “Todos nós acabámos por conhecer alguém que foi afectado pelos incêndios. Mas o governo alojou, numa semana, 51 famílias. A prioridade foi atender a todos aqueles que foram vítimas”, salientou. Deixou claro que o facto que referiu não serve para elogiar a sua própria acção pessoal,  mas de uma equipa. Hoje 106 famílias estão já realojadas, mas muitas outras estão ainda em casa de familiares,  reconheceu. Mencionando os 30 fogos a criar no bairro de São Gonçalo, afiançou que tudo está a ser feito para que as obras de adaptação de prédios a habitação no Funchal,  entre outras medidas,  tenham conclusão o mais cedo possível. Acudir às necessidades de alojamento é a prioridade. Entretanto,  a secretária reconheceu não ter a certeza absoluta das verbas que estão destinadas à Madeira, em pormenor,  do Governo da República. Algumas verbas já chegaram, mas até ao momento “não temos indicacação de como vamos obter verbas para o que é mais urgente – o alojamento” . Aqui, a governante referia-se aos apoios do Estado, cuja resposta,  em concreto,  não está ainda clara. Porém,  apesar disso,  defendeu-se, o governo regional não parou e tem mobilizado todas as verbas possíveis para acorrer às mais urgentes necessidades do povo madeirense afectado pelos fogos. O IHM, disse, desejaria ter já financiamemto estatal disponível,  mas de facto não o tem, do Estado português,  de forma clara e efectiva.

Rubina Leal defendeu a actuação governamental no combate aos fogos,  mas é verdade de enfrentar as críticas de Lopes da Fonseca, CDS, do deputado independente  Gil Canha ou do socialista Jaime Leandro, que apontaram fragilidades e inconsistências no combate aos incêndios. Gil Canha,  por exemplo,  referiu que esteve envolvido no combate a um incêndio,  pediu um autotanque e apareceram dois, evidenciando descoordenação. Por outro lado, apontou corrida à mediatização dos responsáveis do governo regional e da Câmara do Funchal, em concorrência uns com os outros, posando, de forma pressurosa,  para a comunicação social,  cada um procurando provar que era o mais eficiente no combate à catástrofe.

Jaime Leandro acusou mesmo Miguel Albuquerque de ter “fugido para terras do Tio Sam” para evitar este debate,  o que considerou vergonhoso e inaceitável.