Nós, Cidadãos! exige mais psicólogos escolares na Região

unnamed-2O Nós, Cidadãos – Madeira e Porto Santo defende que a Região precisa de psicólogos escolares. Neste sentido, este grupo emitiu um comunicado que o FN transcreve na integra: “na semana em que o atual bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Telmo Mourinho Baptista, disse que há falta de uma presença de psicólogos nas escolas, o Nós, Cidadãos! – Madeira e Porto Santo interpela e aponta ao Secretário Regional da Educação, Jorge Maria Abreu de Carvalho, também esta situação de carência de profissionais do sector nas escolas da RAM, precisamente no momento do arranque de mais um ano escolar. É do conhecimento geral que o insucesso escolar e educativo, o risco de abandono escolar, a indisciplina, o fracasso ao nível dos processos de ensino e aprendizagem, etc., são alguns dos problemas que assolam a realidade das nossas escolas e que preocupam não só as famílias dos alunos, mas também professores e um leque de outros profissionais que trabalham nas escolas. Ora, os psicólogos escolares (educacionais) – também conhecido por Serviço de Psicologia e Orientação – dão um contributo muito especial (e diversificado) nas escolas, e que vai desde a educação pré‐escolar aos ensinos básico e secundário, atuando em três domínios: apoio psicopedagógico a alunos e professores; apoio ao desenvolvimento de sistemas de relações da comunidade educativa e orientação escolar e profissional. Contudo, na RAM, tal como em grande parte do país, (e apesar de o Conselho Nacional de Educação ter emitido um parecer “a sublinhar que eram necessários mais psicólogos nas escolas”) o número de psicólogos por aluno é manifestamente inferior ao rácio recomendado que é de 1/1.000, o que significa que faltam psicólogos também nas escolas da Região Autónoma da Madeira. Por exemplo, nas duas maiores escolas Secundárias do Funchal (Escola Secundária Francisco Franco e Escola Secundária Jaime Moniz), que são frequentadas por perto de 2500 alunos neste novo ano escolar, o número de psicólogos que trabalha atualmente no Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) é de apenas um, o que é manifestamente insuficiente e não possibilita – seguramente – aos profissionais destes estabelecimentos de ensino desenvolverem na plenitude a sua atividade profissional (refira-se, que também outras escolas com graves problemas de indisciplina e insucesso escolar possuem apenas um psicólogo, o que é um número muito exíguo para as reais necessidades).

O Nós, Cidadãos! – Madeira e Porto Santo considera que a contratação destes profissionais e a sua permanência nas escolas da RAM não pode ser vista como um “luxo”, mas sim uma necessidade. Mais, em muitas escolas da RAM, como ficou demonstrado, o número de psicólogos é muito escasso face às diárias e reais exigências e seria preciso pelo menos o dobro. Assim, O Nós, Cidadãos! – Madeira e Porto Santo questiona também o Secretário Regional da Educação, sobre mais esta “anormalidade” registada no início do ano escolar 2016-2017, sendo que o mesmo dizia estar tudo “dentro da maior normalidade”, e sobre a data da eventual abertura de um novo concurso regional para efetivação destes profissionais que trabalham com os alunos e que muita falta fazem às escolas da Região”.