Jorge Carvalho olha para o novo ano letivo e sugere uma “fórmula” para conquistar o sucesso

jorge-2 Um novo ano letivo arrancou com a expetativa habitual dos regressos. Uma vasta equipa de profissionais, no governo, nas escolas, nos sindicatos, empenhou-se para que os prazos de abertura fossem cumpridos e o toque de entrada fosse dado.

O titular da pasta da Educação na Madeira, Jorge Carvalho, é o primeiro rosto da política educativa regional. Além do político, está também o encarregado de educação e o professor de educação física que esteve no terreno, durante anos, a lecionar.

O FN propôs ao secretário regional da Educação três abordagens distintas, justamente as três vertentes que o acompanham, de secretário, professor e encarregado de educação, no seu olhar ao novo ano letivo.

O FN reproduz a posição de Jorge Carvalho.

“Isto de estar ao mesmo tempo na condição de governante responsável pela Educação, de professor e de encarregado de educação tem que se lhe diga. Vejamos.

O equilíbrio entre o possível e desejável

Como deve o governante gerir os recursos públicos disponíveis para a Educação, de modo a que o sistema contribua para a elevação efetiva da formação e qualificação da juventude madeirense e da população em geral? Certamente encontrando o equilíbrio entre o desejável e o possível. Evitando facilidades que não conduzam a soluções duradouras e sustentáveis. Sem ceder à tentação de adiar ou esconder os problemas.

Colocar o centro nos alunos

jorge-3Como pode o professor assumir um desempenho profissional profícuo, de que brote os resultados que todos ambicionam? Certamente buscando a motivação que faz da sua profissão uma arte que, sem prescindir da ciência e da técnica, é muito mais que elas. Procurando que o centro da sua atividade esteja direcionado para o progresso dos seus alunos. Sem ceder à tentação de substituir o seu papel de educador por outro qualquer.

Responsabilizar as famílias

Como pode o encarregado de educação assegurar que aos seus educandos estão garantidas as condições de ensino-aprendizagem que permitam desenvolver o seu potencial e atingir patamares de excelência? Seguramente interagindo positivamente com as escolas e os professores. Evitando que a responsabilidade da educação fique arredada da família. Sem ceder à tentação de deixar para outros o papel que lhe cabe.

Quem conseguir a fórmula que junte, sem limitações nem efeitos secundários indesejáveis, as expetativas destes três entes – que no meu caso se juntam numa única pessoa –terá contribuído para o sucesso dos alunos, o desempenho proficiente dos professores, a satisfação dos cidadãos, a melhoria da sociedade.

Quem não gostaria de ter essa fórmula? Eu não fujo à regra. Podem crer que procuro trabalhar todos os dias para alcançá-la”.