Espaço Paulo Martins para incentivar a cidadania activa

Fotos: Rui Marote

SONY DSC
Joana Martins e Guida Vieira

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, esteve ontem no Funchal para a inauguração do Espaço Paulo Martins, na Rua dos Tanoeiros, um local que agora será devotado à memória do saudoso comendador e durante longo tempo militante e deputado da UDP e mais tarde do Bloco. Nele pretendem-se organizar exposições, palestras, discussões públicas relevantes para a cidadania e para a Cultura. Presentes na ocasião estiveram também a viúva e Joana, a filha de Paulo Martins, deputado a quem o próprio Alberto João Jardim chegou a classificar (mau grado outras desconsiderações em meio à luta política) o mais competente palamentar da oposição no hemiciclo regional, “sem dúvida nenhuma”, conforme nos referiu, anos atrás, em entrevista.

SONY DSC

Guida Vieira, ela própria com um extenso passado de sindicalismo e luta política, lembrou a figura do marido e os seus interesses culturais e livrescos, que eram amplos e diversificados, incluindo desde o interesse declarado pelas obras de divulgação científica de Carl Sagan (recordamo-lo bem) a grandes romances do domínio da ficção científica ou do fantástico, como ‘O Senhor dos Anéis’ ou ‘A Guerra dos Tronos’, além, naturalmente, de praticamente qualquer livro de economia política a que pudesse deitar a mão. Também apreciava história antiga, geografia, religião…

Catarina Martins, por seu turno, aproveitou a ocasião para enaltecer a execução orçamental do governo de António Costa, que conta com o apoio do BE, salientando que houve uma redução grande do défice, recuperando rendimentos ao invés de causar cortes desenfreados. “O diabo é sempre e só a luta contra a austeridade”, considerou. Os resultados da execução orçamental, acusou, servem para mostrar como a direita falha em toda a linha as suas previsões, depois de “ter falhado em toda a linha a sua política”.

SONY DSC

O coordenador regional, Roberto Almada, disse que o novo espaço nasce não apenas para desenvolver iniciativas na área do BE, mas para servir a que associações, grupos da sociedade civil, se possam reunir para o exercício da cidadania activa.