Rui Marote

A lancha da Polícia Marítima regressou ‘silenciosamente’ ao Funchal 24 dias depois de ter ido para as Selvagens. Permanece nas instalações de São Lázaro, debaixo do Beer House, escondendo qualquer problema que tenha surgido.

A lancha que está de regresso à cidade não teve tempo para percorrer todo aquele conjunto de ilhas. É uma lancha rápida para as missões que iria desempenhar. No entanto, a Selvagem Grande não tem condições de porto para mantê-la em segurança e, em caso de mau tempo, não possui condições de varagem.

A única possibilidade será refugiar-se na costa norte da Selvagem Grande, abrigando-se dos ventos, e os seus ocupantes permanecerem dois ou três dias na embarcação, até que as condições marítimas sejam propícias e a embarcação possa regressar à baía da Selvagem Grande, onde se encontram as instalações (casa) dos Vigilantes da Natureza.

Tentámos averiguar e as informações divergem. Há quem diga que regressou para manutenção… estranho, uma vez que a embarcação teve revisão total antes de partir, ao pormenor. Um regresso inesperado que deixa no ar que não é esse o problema. Se cada vez que houver uma avaria, a lancha tiver que regressar à Madeira… o barco regressou pelos seus próprios meios, embora sob vigilância do navio-patrulha. Há seis dias que se encontra varada, sem sinais de manutenção.

Quanto custa ao Estado em combustível este vai-vem? Garantiram-nos que dentro de três semanas regressa, na altura da rendição. A Polícia Marítima continua nas Selvagens, operando um bote de reduzidas dimensões.

O Porto Santo continua a aguardar a embarcação prometida pela Autoridade Marítima, conforme já noticiámos. Ao Funchal chegou uma nova lancha, que está atracada na nova marina. Para quem tinha falta de meios, agora estamos bem servidos. Resta saber quando é que estes meios estão aptos a operar…