Com Rui Marote
Depois da Calheta, as Desertas. Marcelo Rebelo de Sousa é o primeiro Presidente da República a desembarcar hoje nas Desertas. O tempo não ajudou. Apenas uma reduzida comitiva oficial pisou as Desertas, por questões de segurança.
Marcelo fez-se à Ilha da Deserta Grande, a bordo de um bote da Polícia Marítima. A ondulação e o vento não foram nada hospitaleiros para com Marcelo, Miguel Albuquerque, a Ministra da Administração Interna, o Secretário de Estado da Defesa, e demais comitiva. Mas a prova de mar foi bem superada pelos políticos que contactaram in loco com uma Ilha situada a 22 milhas do Funchal.
Munido do colete salva-vida e sempre com um sorriso, Marcelo fez saber que é Presidente de um país e como tal tem o dever de conhecer todas as parcelas do território nacional. Logo, por que deixar de fora a Deserta Grande, ainda por cima distinguida pelas suas características de valioso parque natural?
Os jornalistas e demais comitiva ficaram retidos na fragata D. Francisco de Almeida. No seu estilo pragmático e recheado de humor, no regresso das Desertas, Marcelo afirmou que a viagem foi “um bocadinho a bater mais para lá porque navegávamos contra as ondas e para cá foi a surfar…”
Ñeste parque natural, bem cuidado por três vigilantes, o Presidente conheceu algumas das espécies exóticas, tendo ainda a oportunidade de observar a reprodução de lobos marinhos. Um encontro com a natureza, no seu estado mais genuíno.
Após uma hora nas Desertas, o Presidente já se encontra no Funchal e participa no jantar solidário, na Quinta Magnólia, organizado por diversas instituições de solidariedade social, cujas receitas revertem em favor das vítimas dos incêndios. Um jantar, aberto ao público, que registou uma grande participação cívica. Objetivo: ajudar, sempre.
Calheta, Desertas e… Selvagens como a nova fronteira de Marcelo. Termina assim, nas Ilhas Selvagens, no final desta terça feira, a deslocação do Presidente a uma Ilha fustigada pelos incêndios, mas também valorizada com a visita do Chefe de Estado, quer nas suas riquezas naturais quer na solidariedade institucional.
