Sexta praga: poeiras do Saara…

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Rui Marote

Depois das baratas, ratos, formiga branca, incêndios, formigas, a sexta praga está a chegar à Madeira: poeiras do Saara, que atacam sem dó nem piedade todos aqueles que sofrem de afecções respiratórias. As condições típicas destas nuvens de poeiras do deserto suspensas no ar confundem-se, por vezes, com nuvens altas. Trata-se de partículas e poeiras que afectam a qualidade do ar. A Agência Portuguesa do Ambiente estimou que, para a Madeira, este fenómeno venha a contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10) na ordem de 40 microgramas por metro cúbico. A OMS aponta um limite para estas partículas de 20 microgramas. As mesmas podem aumentar a mortalidade nas infecções respiratórias e mesmo causar doenças como cancro do pulmão ou doenças cardiovasculares.

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É caso para perguntar, o que mais nos irá acontecer?

Os cuidados aconselhados são manter a casa fresca, fechando as janelas durante o dia e abrindo-as à noite; procurar espaços com ambiente fresco durante pelo menos duas a três horas por dia; aumentar a ingestão de água ou sumos naturais de fruta, sem açúcar; evitar a exposição directa ao sol; utilizar roupa larga, leve e fresca, óculos com protecção e chapéu; aplicar protector solar com factor igual ou superior a 30; reforçar a vigilância a doentes crónicos e idosos e aos que vivem sós; moderar as actividades ao ar livre que exijam esforços físicos; manter a hidratação e evitar as horas de maior calor.