Catarina Martins diz que o país tem de estar à altura do esforço solidário que a população madeirense fez para proteger as suas habitações

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Fotos: Rui Marote

A dirigente e deputada nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, efectuou hoje, na companhia do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, do deputado madeirense do BE na Assembleia da República, Paulino Ascensão, do coordenador regional do Bloco, Roberto Almada, e de outros responsáveis uma visita às áreas ardidas do concelho do Funchal. O Funchal Notícias falou com Catarina Martins no Curral dos Romeiros, antes desta parlamentar e dirigente partidária se deslocar ao alto da Pena e à zona onde morreram pessoas, numa transversal à Rua Silvestre Quintino de Freitas.

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Perante uma paisagem calcinada, Catarina Martins referiu que “é impressionante ver as dimensões do fogo. Parte o coração ver toda esta destruição”.

“Está a ser um Verão terrível para todo o país, mas aqui no Funchal há uma dimensão que é muito maior, por um lado, e por outro, trata-se de uma zona urbana, com perigos maiores, e com tantas pessoas desalojadas, com todo o problema social que isso cria”, constatou.

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A deputada deu conta de que a sua deslocação à Madeira deve-se a três razões principais: em primeiro lugar “prestar toda a solidariedade”; a segunda para reunir com o presidente da Câmara do Funchal sobre quais os maiores riscos que agora se colocam ao município, o que é mais urgente… e a terceira razão “é para levar, precisamente, esse levantamento para a Assembleia da República”, onde o Bloco pretende dar um contributo válido para que seja debatida esta questão e sejam disponibilizados os meios necessários, existindo uma efectiva activação da solidariedade nacional para o que seja mais urgente e necessário.

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“A nós, preocupam-nos fundamentalmente duas coisas: responder já às necessidades das pessoas que estão desalojadas, que perderam a sua habitação; e a segunda, responder ao problema ambiental criado, e fazê-lo de modo a prevenir que no período de chuvas a situação não se agrave e não tenhamos uma nova tragédia”.

Catarina Martins deu-nos conta de ter tido oportunidade de falar com bombeiros e também com alguns moradores do Curral dos Romeiros: “Foi feito um trabalho extraordinário, e há uma solidariedade notável das populações locais, que permitiu, dentro de tudo o que aconteceu, ainda assim milagres de proteger casas e salvar vidas”.

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Essa solidariedade, enfatizou, permitiu, dentro da tragédia enorme que se abateu sobre o Funchal, verdadeiros milagres, para os quais as pessoas trabalharam. “Foi um trabalho comovente. É preciso agora que o país esteja à altura do esforço que estas populações fizeram e que lhes responda com uma recuperação rápida”.

Catarina Martins não quis comentar a eventual reacção tardia de Miguel Albuquerque à ameaça que o fogo colocava ao Funchal: “Haverá tempo para fazer a avaliação de como as coisas correram. Este é o tempo da solidariedade”.