Cafôfo fala em prejuízos de 55 milhões de euros e vai pedir ajuda a António Costa

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Foto CMF.

No briefing de hoje, o Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, começou por informar que há ainda duas frentes de fogo ativas, uma em S. João Latrão e outra no Parque Ecológico do Funchal, embora com menor intensidade do que se verificou nos dias precedentes.

A grande dificuldade na zona de S. João Latrão é a acessibilidade, dado que há escarpas que não têm qualquer hipótese de acesso, mas as equipas mantêm-se no terreno em permanente atuação.

No Parque Ecológico, onde cerca de 50% da área foi consumida pelas chamas, as acessibilidades são também um constrangimento, mas o fogo está circunscrito. Agora é momento de tomar precauções para evitar reacendimentos e vigiar as zonas que ainda estão incólumes, como o caso das serras de Santo António.

Paulo Cafôfo explicou que o fumo que cobre o Funchal se deve à baixa de temperatura e da pressão atmosférica, aliados às duas frentes ativas. Nestes casos, o fumo tende a baixar, pelo que apelou a um maior cuidado com as vias respiratórias, em particular de crianças e idosos.

Atualizando os dados, estão 260 pessoas nos centros de acolhimento. Há 24 horas que as equipas da câmara, em conjunto com as juntas de freguesia, estão a monitorizar o território municipal e áreas afetadas, sendo que se contabiliza cerca de 208 edifícios afetados na cidade do Funchal, onde 103 estão totalmente destruídos. Faltam apurar os resultados da freguesia de S. Gonçalo, onde tem uma frente ativa. As freguesias com maior número de edifícios atingidos foram, em primeiro lugar, Santa Luzia, seguida do Monte.

A nível de custos, foram estimado cerca de 32 milhões de euros para a recuperação dos edifícios de domínio privado, onde se incluí moradias. A nível de equipamentos públicos, onde estão consideradas a rede viária municipal, as infra-estruturas de águas e saneamento básico, a limpeza e consolidação de escarpas, a reflorestação do Parque Ecológico, e ainda a reposição dos equipamentos da protecção civil e corporação de bombeiros foi apurado um valor de 23 milhões de euros de prejuízo.

Esta estimativa total de custos ascende a 55 milhões de euros de prejuízos no concelho do Funchal e será apresentado ao Primeiro Ministro António Costa, a quem Cafôfo solicitará ajuda.