Os estudantes têm até ao dia 10 de agosto para formalizarem a sua candidatura à primeira fase de acesso à universidade. O concurso começou a 21 de julho e o Gabinete de Ensino Superior (GES) já registou 825 candidaturas, mais 15 do que em igual número de dias do ano anterior. O diretor do GES anuncia que a opção dos estudantes recai nos cursos que têm mais perspetivas de empregabilidade, vencendo a tradição: Medicina, Enfermagem, Economia e Gestão e Engenharias.
Funchal Notícias – Como tem sido a adesão dos estudantes madeirenses ao ingresso no ensino superior para o próximo ano letivo?
João Costa e Silva – A adesão de candidatos ao Gabinete tem sido de acordo com o que esperávamos. A grande maioria recorre aos serviços do Gabinete do Ensino Superior para apresentar a sua candidatura online, a qual poderiam fazer no conforto das suas casas. Mas vindo ao Gabinete, tal como promovemos ao longo do ano, sabem que podem contar com um conjunto de informações, orientações e conselhos que acabam por se revelar importantes para o sucesso das suas candidaturas. Mais de metade dos estudantes que recorre ao Gabinete acaba por alterar o seu plano inicial de candidatura, depois de conversar connosco. Posso adiantar-lhe que, ao ao fim de 8 dias de candidatura, mais de 800 estudantes da Região apresentaram-na no Gabinete.
FN – Quais são os cursos mais procurados e a que se deve tal procura?
JCS – Os cursos mais procurados são os tradicionais, aqueles que para os candidatos aparentam maior empregabilidade, entre os quais destacaria a Medicina e a Enfermagem, a Gestão e a Economia e, finalmente, as Engenharias Informática, Eletrotécnica, Mecânica e Biomédica.
FN – A Universidade da Madeira tem grande procura por parte dos candidatos?
JCS – Obviamente que a Universidade da Madeira, entre todas as universidades portuguesas, é a mais procurada pelos nossos estudantes, sobretudo pela grande diversidade dos seus cursos. Repare que na lista dos seus cursos aparecem alguns dos mais procurados pelos candidatos: Medicina, Enfermagem, Economia, Gestão e Engenharia Informática e, ainda, na área das Humanidades, o curso de Línguas e Relações Empresariais.
FN – Em termos sociais, quais as principais carências evidenciadas pelas famílias? A bolsa de estudo colmata os problemas?
JCS – Em relação aos apoios sociais, recordo que os estudantes podem e devem candidatar-se a vários tipos de bolsas, acumuláveis, onde se podem destacar as bolsas de estudo do Governo Regional da Madeira e as dos Serviços de Ação Social das Universidades e Politécnicos, públicos ou privados, e, ainda, a bolsas de algumas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, para além de bolsas de outras entidades privadas.
Os estudantes que comprovem carências económicas acentuadas podem vir a usufruir de um conjunto de bolsas que, juntas, atingem ou superam o valor do salário mínimo nacional. Tudo isto para além do acesso a residências universitárias, que acabam por ficar gratuitas. Por isso, o nosso apelo e conselho: não deixem de concorrer a estes apoios sociais, mesmo que entendam que a eles não terão direito. Procurem-nos para mais informações.