Pereira denuncia em Congresso do PS política “errante” de Albuquerque

 

pereira1O líder do PS/M usou da palavra no XXI Congresso do partido para elogiar a capacidade de liderança do governo de António Costa e para denunciar a política “errática” do Governo Regional da Madeira sob a batuta de Miguel Albuquerque.

Contrariando a tese de que esta reunião magna serve apenas para preencher agenda, Carlos Pereira subiu à tribuna e avisou: “Este Congresso não é um congresso qualquer, ainda que por aí digam que será morno, que não terá história, que é para cumprir calendário. Num país que tanto reclama pelo sentido de responsabilidade dos partidos e da sua coesão, que promova soluções mais estáveis e amigas dos cidadãos, este momento de reflexão e debate construtivo que representa; é também um valor maior para a democracia e uma garantia da continuidade da estabilidade que o país precisa”.

ps3É neste contexto que o líder regional socialista e deputado na Assembleia da República considera que, “um Congresso sem histórias para o prime-time, é um bom Congresso para o futuro do país; é um bom congresso para o nosso partido. Aquilo que muitos consideram que não tem história é porventura a mais robusta e relevante consideração sobre o percurso construído pelo PS, pelo Secretário-Geral e pelo governo do PS. Por isso, este congresso é um momento ímpar para celebrar a conquista de uma estabilidade política vivida no país, que poucos acreditavam há seis meses. Por isso, este congresso é um momento impar para celebrar a consolidação de uma governação que tem sabido compatibilizar com políticas e acções concretas, conforme, referiu ontem com grande propriedade o Secretário-Geral António Costa, o equilíbrio das contas públicas com o crescimento económico e a implementação de políticas que reasseguram os apoios sociais, que tinham sido sonegados aos portugueses”.

A aposta nas autonomias

Pereira realçou o papel de mudança que António Costa “tem imprimido ao relacionamento com as Regiões Autónomas. Depois de mais de 4 anos de desprezo e desconsideração pelas Autonomias, é com orgulho que observo que o meu partido não só íntegra na sua agenda o discurso das autonomias como a concretiza com acções e políticas uma nova afirmação da importância das Regiões Autónomas. É este o caminho que defendo, é isto que interessa ao país e é por isto que me sinto bem neste partido. Nesta linha de raciocínio, observo com grande agrado as medidas que assinalam a importância da descentralização governativa e do princípio que as políticas serão mais bem sucedidas se forem aplicadas por quem está mais perto das populações. Há, nesta questão, ainda um longo caminho a percorrer mas a consolidação e aprofundamento das Autonomias é uma marca de sucesso do país e deve servir de guião para o caminho da regionalização de Portugal”.

“GR dentro de um frasco sujo”

Por outro lado, Pereira defendeu também que “a Madeira precisa de uma solução alternativa de governo. O atual Governo Regional tem mostrado um percurso errante, com um novo perfume, mas sempre dentro de um frasco sujo e contaminado pelos longos anos de governação do PSD-M”.

Jpeg

O líder socialista enumerou as debilidades deste GR: “Depois de mais de um ano de governo, há falhanços em todos os setores da sociedade madeirense e porto-santense onde o colapso do Sistema Regional de Saúde é só o mais recente problema que os madeirenses e porto-santenses estão confrontados. O PS-M é única a alternativa a este Governo Regional e o nosso percurso de afirmação da qualidade das nossas propostas e das nossas pessoas dará frutos já nas próximas autárquicas onde tudo faremos para consolidar as autarquias conquistadas, reforçando o nosso papel enquanto grande partido autárquico. Este desafio que que vamos superar abrirá o caminho para desenhar uma solução de governo novo. De um governo melhor. Um governo do PS-Madeira, que garanta a alternativa nas nossas ilhas. Do PS-Madeira que saberá apresentar e implementar as soluções para tirar a Madeira e Porto Santo da grave crise económica e social em que presentemente se vive”.