Esta manhã, um acidente nas escadas rolantes do Centro Comercial do Anadia fez recear o pior. Em hora de ponta, pouco mais do meio dia, os gritos na referida passadeira alarmaram os cidadãos que por ali circulavam e efetuavam compras no “Pingo Doce”.

Um homem com indícios de estar alcoolizado – por sinal, já conhecido da área em questão – caiu na escada rolante e, qual castelo de cartas, fez tombar a fila de cidadãos que circulava atrás de si, nesta mesma escada. Os gritos alertaram tudo e todos e a passadeira, do lado de quem sobe para o primeiro piso, era um amontoado de gente aos gritos.

Alguns anónimos tentaram ainda socorrer os aflitos, mas era uma manobra difícil e arriscada, porque a escada continuava a rolar.

Valeu a pronta e eficaz intervenção da segurança privada do Centro Comercial que rapidamente desligou o sistema automático da escada e interveio no acidente. Alguns não ganharam para o susto, enquanto outros tinham ligeiros arranhões nas pernas.

Entretanto, no alto da escada, já no piso um do Anadia, o homem que alegadamente terá causado o incidente, continuava imóvel, atónito e com ar visivelmente alienado. Aos gritos dos transeuntes “tirem-no daí porque poderá cair novamente na escada”, eis que os dois seguranças, após terem auxiliado os feridos ligeiros, tomaram o homem pelo braço e conduziram-no a um lugar eventualmente mais seguro.

Tudo acabou em bem para gáudio dos envolvidos neste acidente. O Centro Anadia, o mais movimentado espaço comercial da Madeira, voltou à azáfama de sempre e as escadas rolantes continuaram a funcionar. Ainda assim, ficou no ar a questão: e se as escadas continuassem a funcionar por mais tempo no momento do acidente, o que seria do amontoado de gente que ali rapidamente se concentrou? São máquinas, é certo, facilitam a circulação, mas, por vezes, podem ser verdadeiras armadilhas, se não forem permanentemente vigiadas pelo homem. Uma coisa é certa: a segurança no Centro Anadia funcionou.