A Câmara Municipal de Câmara de Lobos serviu ontem de palco à reunião preparatória da equipa de projecto para implementação da Rota do Vinho Madeira, na qual tomaram parte os representantes dos municípios de Câmara de Lobos, São Vicente, Porto Moniz, Machico e Calheta, assim como um representante do IVBAM, a directora regional de Turismo e o presidente da ARPV – Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, Jorge Sampaio.

Na sequência das reuniões precedentes, as entidades participantes neste encontro concordaram sobre a necessidade de criação da Rota do Vinho Madeira, visando, entre outros objectivos, promover a criação de produtos turísticos e actividades que favoreçam a descoberta e a interpretação da cultura do vinho, promovendo e apoiando todas as iniciativas conducentes à sensibilização dos operadores turísticos que perspectivem a defesa e promoção da Cultura do Vinho do território e qualificação do património enológico. A criação da Rota do Vinho Madeira terá em consideração as recomendações da Carta Europeia do Enoturismo, refere a informação enviada à Imprensa.

No encontro de trabalho, o presidente da ARPV, Jorge Sampaio, também presidente da Associação Rota da Bairrada, começou por felicitar a equipa de trabalho pelo andamento do processo na criação da Rota do Vinho Madeira, e referiu que a ARPV está a desenvolver um estudo com a Universidade de Aveiro para avaliar o impacto das Rotas do Vinho na economia dos territórios locais, sendo que, segundo dados do referido estudo, foi apurado que no ano 2014 verificou-se existência de 1.5 milhões de visitas a adegas e caves no território nacional. Por outro lado, o estudo perspectiva um crescimento anual de visitas a adegas e caves entre 10 a 20%, prefigurando-se como um produto complementar de valorização das marcas turísticas nacionais.

Da reunião de trabalho resultou, segundo nos informam, o compromisso de os parceiros envolvidos no processo diligenciarem as formalidades legais para outorga de protocolo de constituição da Rota do Vinho Madeira, o qual deverá ser formalizado no decurso do próximo mês de Maio, sendo que a adesão à Rota do Vinho Madeira será extensível, nesta primeira fase, a todos os municípios da Madeira, bem como às entidades com tutela sobre o sector do turismo (SRTC e DRT) e do Vinho (IVBAM).

Numa segunda fase, após definição do modelo de funcionamento da rota, criação de identidade gráfica e definição de critérios de adesão, serão convidados os produtores, hoteleiros, restauração e outros serviços turísticos que ofereçam produtos ou serviços relacionados com o vinho e a vinha, para que também adiram à Rota do Vinho Madeira.

As entidades parceiras comprometem-se a inventariar, no âmbito territorial respetivo, elementos diferenciadores, produtos ou actividades disponíveis e eventuais serviços complementares a que possam vir a integrar a Rota do Vinho Madeira, assim como promover a divulgação da Rota e obter a adesão ao projecto de outras entidades, públicas ou privadas da sua área geográfica, tais como, produtores de vinho, estabelecimentos de restauração, alojamento, empresas de animação turística, entre outros parceiros do sector.