Dois dos bombistas suicidas que perpetraram os infames ataques em Bruxelas na terça-feira foram identificados como os irmãos Khalid e Brahim el-Bakraoui, de nacionalidade belga, informou a procuradoria daquele país, que referiu que Brahim integrou o ataque no aeroporto de Zaventem, que matou 11 pessoas, enquanto Khalid atacou no metro den Maelbeek, matando 20 pessoas.

Dois outros atacantes no aeroporto ainda não foram identificados, disse a BBC, referindo que um deles morreu, e o outro encontra-se ainda a monte.

Brahim, disseram os procuradores belgas, deixou um bilhete no qual escreveu sobre o seu “desespero”.

“Estou com pressa”, escreveu ele. “Não sei o que fazer mais. Procuram-me por todo o lado. Já não estou seguro. Se me entregar, colocar-me-ão numa cela”, referia Brahim no bilhete, encontrado num balde de lixo nas proximidades do apartamento em Schaerbeek que foi alvo de um ‘raid’ policial na terça-feira. No apartamento, foram encontrados 15 quilos de explosivos de alta potência.

Ambos os irmãos eram conhecidos da polícia. Tinham cadastro criminal, mas não eram suspeitos de terrorismo. Foram identificados através do ADN.

Entretanto, a Bélgica está a observar três dias de luto nacional. Um minuto de silêncio foi mantido hoje ao meio-dia. O rei e a rainha da Bélgica visitaram o aeroporto e alguns dos 260 feridos no hospital.

O auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou os ataques.