Viagem de finalistas: testemunho de Nádia Oliveira, da Escola Gonçalves Zarco

nádia principalOs estudantes do ensino secundário (12.º ano) iniciam hoje a sua  viagem de finalistas com destino normalmente a Espanha ou França. Para a maioria, é uma espécie de batismo de voo e de salto para a autonomia e é sempre um momento aguardado com grande expetativa.

O FN está a acompanhar este momento importante de evasão e entretenimento dos estudantes da Região, dando primazia aos relatos dos próprios sobre a partida e o decurso da viagem.

Mas é de sublinhar que apenas uma parte dos estudantes de 12.º ano realiza esta viagem, por variadíssimas razões. O FN começa por reproduzir o testemunho de uma aluna, Nádia Carina Oliveira, do 12.º ano, da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, que não marca presença nesta viagem e expõe a sua opinião sobre o assunto.

“As viagens de finalistas são um acontecimento importante na vida dos jovens. Muitas vezes servem como um ritual de passagem à idade adulta. Com estas viagens premeia-se também o esforço dos estudantes enquanto estes se divertem e vivem novos desafios.

Estas viagens são normalmente organizadas com antecedência pela comissão de estudantes das respetivas escolas e toda a organização mobiliza muita gente no sentido de garantir a sua realização. 

Por um lado, estas viagens são importantes para o desenvolvimento do estudante, pois estará, em muitas casos, pela primeira vez longe dos seus familiares, desenvolvendo assim alguma autonomia que será necessária para a sua vida futura, nomeadamente universitária. Por outro lado, serve também para os alunos relaxarem e se divertirem, praticando desporto e alargando o seu conhecimento cultural do mundo, no contacto direto com novas pessoas e lugares.
Em contrapartida, estas viagens também encerram muitos perigos, e todos os anos ouvem-se notícias sobre o assunto: desaparecimento de jovens, coma alcoólico, entre outras situação problemáticas. Deverão os jovens ser firmes e procurar evitar os excessos e desvios de comportamentos que podem estragar uma experiência maravilhosa.
Este ano, a minha escola não organizou a viagem de finalistas. Quem quisesse participar,  juntava-se a outra escola e ia. Porém, eu nunca pensei em ir, porque programei utilizar estas férias para descansar e estudar para os testes e exames que irão decorrer nos próximos meses.
Devo dizer que  ninguém da minha turma foi. Conheço colegas que queriam ir, no entanto, inicialmente o preço era um, e depois ia subindo e acabaram por desistir da ideia.
Mas não é só a típica viagem em grupo para o exterior que conta. Há também aqueles que preferem ir para uma casa de campo ou de praia, cá na Madeira, com um grupo de amigos, pois é mais calmo e vivem assim uma experiência diferente.
Outros preferem viajar ou fazer algo diferente no verão, após os exames finais, como é o meu caso.
Em suma, sei que a viagem de finalistas é útil, para relaxar, conhecer outras realidades e pessoas novas, no entanto, preferi “adiar” a minha viagem e aproveitar estas semanas para descansar, passear pela ilha e adiantar já algumas coisas para o próximo período”.