O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta tarde, na inauguração do renovado Complexo Balnear do Lido, que o país muito deve à Madeira pelo seu contributo ao turismo, um sector considerado pelo Governo como uma prioridade central. O Lido reabre as portas após ter estado encerrado durante seis anos, em consequência do temporal de 2010. A recuperação custou cerca de dois milhões de euros, com comparticipação de 85% de fundos comunitários.

Foi em ambiente acolhedor, apesar do vento, que o primeiro-ministro participou, esta tarde, na inauguração do complexo balnear do Lido. Largas centenas de pessoas, locais e turistas, quiseram participar nas cerimónias que dão por abertas as portas do icónico espaço balnear, após seis anos de encerramento e de obras de remodelação.

Ao longo do trajeto, no interior da infraestrutura, a comitiva de personalidades civis, militares e religiosas, foi recebida com curiosidade e hospitalidade. O primeiro-ministro esteve no centro das atenções, com alguns populares a fazer questão de o cumprimentar pessoalmente. Foram momentos descontraídos a anteceder o descerrar da placa comemorativa e da bênção do espaço pelo pároco de São Martinho, o pe. Marcos Gonçalves, ao que se seguiram os discursos oficiais no solário sobranceiro à piscina.

Primeiro, o presidente da autarquia funchalense, depois o presidente do Governo Regional e finalmente o chefe do Executivo nacional. Cerca de vinte minutos de sessão oficial acompanhada por uma vasta plateia de convidados, onde se destacaram o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, as deputadas ao Parlamento Europeu e demais parlamentares em São Bento, autarcas e a estilista Fátima Lopes.

Paulo Cafôfo, Miguel Albuquerque e António Costa alinharam pelo mesmo diapasão, ao elegerem o turismo como pedra de toque na estratégia da cidade, da Região e do país.

Quanto ao Lido, o primeiro-ministro destacou a importância enquanto espaço que recupera a memória do Funchal e da Madeira . “Demonstra a capacidade que os madeirenses tiveram em reconstruir e fazer melhor perante catástrofes como a de 2010”, sublinhou o governante.

Apontando o Turismo como atividade central na economia nacional, António Costa disse estar o país reconhecido à Madeira pelo seu contributo neste sector estratégico, mas alertou que os desafios exigem respostas diversificadas. “Para consolidar é preciso renovar, através de novas dinâmicas assentes na cultura, na gastronomia e em equipamentos de qualidade como é caso do Lido”.

O chefe do governo apontou como exemplo da prioridade dada ao sector turístico as duas linhas de crédito criadas recentemente e as medidas de desburocratização que se preconizam.

Costa destacou a posição privilegiada da Região em termos de ofertas e de clima, a apenas duas horas do centro da Europa.

Também Miguel Albuquerque apontou as mais valias trazidas pelo complexo do Lido em termos de oferta turística  e de acessibilidade ao mar. O presidente do Governo Regional foi aplaudido pela plateia em momentos de homenagem a figuras ligadas ao espaço e à dinamização do desporto, como o lendário nadador “Saca” e o professor André Escórcio.

Felicitou a atual equipa camarária e o arquiteto Manuel Rosa pela obra hoje inaugurada, a qual vem valorizar a frente mar da cidade, criando novas acessibilidades em termos de usufruto, recreio e lazer.

O presidente da Câmara do Funchal quis reafirmar o compromisso de recuperar e devolver à população um espaço icónico com mais de 80 anos, agora apostado em abraçar uma nova etapa: garantir um projeto de qualidade de acesso ao mar e com potencial turístico. Segundo Paulo Cafôfo, o novo complexo destaca-se pelo seu caráter inclusivo, com rampas e equipamentos adaptados a utentes com mobilidade reduzida.

As obras de remodelação custaram dois milhões de euros, sendo que 85% do investimento foram suportados por fundos comunitários ao abrigo do programa Intervir+.

O madeirense Emanuel Gonçalves, nadador paralímpico de 26 anos, foi o primeiro a mergulhar na piscina do Lido, dando assim por inaugurado o novo espaço. Seguiram-se a atuação artística, a cargo das seis atletas que compõem a seleção nacional de natação sincronizada, e a estafeta de natação com mais de 30 jovens atletas de vários clubes regionais.