Jorge Palma dá concerto no Teatro Municipal a 15 de Abril

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O conhecido cantor português Jorge Palma estará na Madeira a 15 de Abril, para um espectáculo integrado no âmbito do próximo Festival Literário da Madeira. Trata-se de um concerto acústico, no qual o músico, autor de sucessos como “Encosta-te a mim’ ou ‘Deixa-me rir’, entre muitos outros, actuará acompanhado por Vicente Palma (guitarra, piano, voz), e Gabriel Gomes (acordeão).

O espectáculo está marcado para as 21h30 do dia aprazado. Os bilhetes têm o preço único de 20 euros por pessoa. Podem ser adquiridos na bilheteira do Teatro Municipal Baltazar Dias, no horário de terça a domingo, das 9 às 17h30.

Há anos atrás, quando Maria Aurora Carvalho Homem organizava a Feira do Livro do Funchal, com vários eventos artísticos associados ao certame, esteve previsto um concerto de Jorge Palma no Café do Teatro. Tudo corria como planeado, até que, pouco tempo antes do concerto, se descobriu que o músico se encerrara no seu quarto de hotel e se recusava a sair para actuar, sem dar nenhuma razão válida.

Maria Aurora ficou furiosa e, perante o público que aguardava no Café do Teatro, deu conta do sucedido e declarou, alto e bom som, que se Jorge Palma não queria actuar ou não se encontrava em condições de o fazer, teria todo o prazer em facultar-lhe, o mais depressa possível, um avião para o continente. Apesar de fumegar de indignação, acalmou e terminou fazendo um elogio à qualidade artística do cantor, com a honestidade intelectual que a caracterizava.

Esperançosamente para os que adquirirem bilhetes, este concerto integrado no Festival Literário terá melhor fim.

O cantor e compositor português iniciou-se na música com estudos de piano na Academia Musical dos Amigos das Crianças, e teve a sua primeira audição no Conservatório Nacional aos oito anos. Aos 12, obteve um segundo lugar com atribuição de menção honrosa no Festival das Juventudes Musicais, em Palma de Maiorca.

A par da sua formação na chamada música erudita, começou progressivamente a interessar-se pelo rock e pela música pop anglo-saxónica.

Depois de tocar com um grupo de adolescentes, estreou-se a solo em 1972 com o single ‘The Nine Billion Names of God’, inspirado num conto de Arthur C. Clarke e no livro ‘O Despertar dos Mágicos’, uma espécie de bíblia da geração new age. Conviveu muito com Ary dos Santos, que o ajudou a aperfeiçoar-se como letrista.

Mais tarde escapou da guerra colonial exilando-se na Dinamarca, regressando a Portugal com o 25 de Abril de 1974. A partir de então, foi sempre a subir. Foi orquestrador na indústria discográfica, colaborando com muitos nomes sonantes, tocou com Paco Bandeira e passeou a sua guitarra, a solo, por várias cidades europeias. Entretanto foi lançando mais álbuns e firmando progressivamente um nome na música portuguesa. O seu sexto álbum de originais, ‘O Lado Errado da Noite’, foi um dos que maior impacto teve, catapultando-o para um definitivo reconhecimento. ‘Bairro do Amor’, editado em 1989, foi outro título seu de grande destaque. Entretanto foi acumulando colaborações com nomes como Rui Velozo, Zé Nabo, Júlio Pereira, Carlos Bechegas e outros.

Integrou, entretanto, já nos anos 90, o agrupamento Rio Grande, com Tim, dos Xutos e Pontapés, Rui Veloso, Vitorino e João Gil, da Ala dos Namorados.

Na primeira década de 2000, continuou a protagonizar actuações, concertos e a lançar novos álbuns, bem recebidos. ‘Voo Nocturno’, lançado em 2007, foi também um sucesso.