Cinema em Câmara de Lobos alerta para problemas dos idosos

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A Casa da Cultura de Câmara de Lobos promove a 16 de Fevereiro, um ciclo de curta metragens denominado de Cine-Sénior. Na sessão programada para as 14h30, serão apresentados quatro filmes que abordam a questão do envelhecimento e a dificuldade em manter a independência por parte de alguns idosos.

Os actores amadores são idosos e tornaram-se os protagonistas absolutos das histórias e as temáticas estão voltadas para os desafios do envelhecimento com qualidade de vida, explica a autarquia.

Esta iniciativa, refere a entidade organizadora, pretende sensibilizar a opinião pública para o envelhecimento activo e para o papel que o cinema pode ter na promoção de representações mais consentâneas com o mesmo, procurando sensibilizar os seniores para as vivências do seu dia-a-dia e alertando-os para questões como a segurança, o isolamento, mudança de estilo de vida e a dificuldade em aceitar o envelhecimento.

Boa Noite Solidão, Viver em Segurança, Seu Arlindo Vai à Loucura e Recuei Sem Olhar Para Trás são as quatro curta-metragens apresentadas neste ciclo de cinema.

Cine-Sénior é um projecto que a Câmara Municipal de Câmara de Lobos pretende promover em próximos anos, versando diversas temáticas, mas com o objectivo de proporcionar momentos de discussão e reflexão sobre a terceira idade, proporcionando aos seniores do concelho uma aproximação à Sétima Arte.

Sinopse das curtas metragens

Recuei Sem Olhar Para Trás, de Marta Moreno:

Maria é uma idosa que se depara agora e cada vez mais com o envelhecimento e respetivas consequências. Sente-se algo perdida e frustrada, as alterações que marcam a sua vida são cada vez mais sublinhadas mas o orgulho prevalece. Acaba por recorrer à sua filha, um dos únicos contactos externos. Esta encontra uma solução útil para a mãe mas a frustração mantém-se.

Boa Noite Solidão, de João Lourenço:

Este é um documentário que será iniciado com uma notícia de rádio sobre a morte de duas idosas no centro de Lisboa. Este destaque inicial desperta-nos para a realidade cruel que é vivida muito perto das nossas casas. Porém é na casa da D. Alice que a ação se centra. Ao entrarmos em sua casa remetemos o nome “casa” para o conceito da casa portuguesa no geral, mas quando focamos o rosto e a vida da D. Alice aí já existirá uma alma, uma geração cheia de tradição e cultura.

Seu Arlindo Vai à Loucura, de Raoni Reis Novo.

Arlindo e Benedita comemoram as bodas de ouro. Durante a festa, no entanto, Arlindo se depara com situações que o fazem questionar sua própria capacidade de acompanhar a esposa, que se exibe sempre muito bem-disposta e alegre.

Viver em Segurança  de Moncho Rodrigues e Rui Pitães:

Curta de 12 minutos em que numa aldeia, Marilia Martins recebe a visita de falsos agentes da Segurança Social e Banco que lhe procuram burlar, com a entrega de ouro, dinheiro e assinatura de documentos. Após descobrir que foi enganada, a idosa dirige-se às forças de segurança. O filme termina com um alerta aos cuidados a ter na circulação.