Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor do dengue e da febre chikungunya.
1947 – O vírus ZIKV foi encontrado pela primeira vez no Uganda em 1947, em macacos do tipo Rhesus da Floresta Zika, mas ficou limitado à África e Sudeste Asiático durante décadas.
1951-1981 – A evidência da infecção humana foi relatada noutros países africanos, como Uganda, Tanzânia, Egipto, República Centro Africana, Serra Leoa e Gabão, e em partes da Ásia: Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietname e Indonésia
1954 – Na Nigéria temos os primeiros seres humanos contaminados com o vírus.
2007 – Surto de vírus ZIKV nas ilhas Yap dos Estados Federados da Micronésia no Pacifico. Neste surto o mosquito Aedes hensilli foi a espécie de mosquito predominantemente identificada além do Aedes aegypti. Foi a primeira transmissão documentada fora da tradicional área endémica na África e Ásia.
2009 – Brian Foy, um biólogo da Universidade Estadual do Colorado, depois de regressar do Senegal onde tinha estado a estudar os mosquitos, ficou doente com Zika. A sua mulher também ficou doente alguns dias depois. Suspeita-se que a transmissão da doença à mulher tenha sido através das relações sexuais.
2013 – O vírus ZIKV é isolado do sémen de um paciente do Taihi. Esta descoberta apoia a possibilidade do ZIKV ser transmitido sexualmente.
2014 – O vírus pode ter sido introduzido no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014, através de uma corrida de canoa realizada no Rio de Janeiro em agosto de 2014 que incluiu participantes de quatro países do Pacífico, incluindo a Polinésia Francesa.
2015 – O Brasil registou o primeiro caso do vírus ZIKV em maio de 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia. Desde então, a doença espalhou-se para os outros países da América Latina.
2015 – Quatro portugueses que foram passar férias ao Brasil chegam infectados como o vírus ZIKV a Portugal.
2016 – 23 de janeiro de 2016, o Ministério da Saúde brasileiro registou 4 180 casos de microcefalia suspeitos como possível consequência da infecção pelo vírus ZIKV, uma vez que ainda não foi confirmado cientificamente que o vírus ZIKV provoca microcefalia.
2016 – 28 de janeiro de 2016 – sobe para seis o número de casos em Portugal com Zika
2016 – 30 de janeiro de 2016, não existem tratamentos ou vacinas específicas para o Zika. O único combate eficaz passa pela de prevenção e consiste na eliminação do mosquito Aedes aegypti,em qualquer fase do seu ciclo de desenvolvimento, e evitar ser picado pelos mosquitos.
A transmissão da doença é feita através do mosquito infectado no género Aedes e da espécie Aedes aegypti, Aedes africanus, Aedes apicoargenteus, Aedes furcifer, Aedes luteocephalus e vitattus Aedes. Em 2009 a mulher do professor Brian Foy ficou infectada depois de ter relações sexuais com ele antes de este apresentar sinais e sintomas da Febre Zika que veio a apresentar posteriormente.
Cerca de 10 dias no mosquito e 3 a 6 dias no Homem.
Sintomas da infecção pelo vírus ZIKV (retirado do site http://www.minhavida.com.br/)
Os sinais de infecção pelo vírus ZIKV são parecidos com os sintomas do dengue e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito infectado. Os sintomas da infecção pelo vírus ZIKV são:
Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço
Dor muscular (mialgia)
Dor de cabeça e atrás dos olhos
Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afectar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés.
Sintomas mais raros de infecção pelo vírus ZIKV incluem:
Dor abdominal
Diarreia
Constipação
Fotofobia e conjuntivite
Pequenas úlceras na mucosa oral.
Tratamento:
Não há vacina ou medicamento preventivo.
Diagnóstico diferencial clínico deve ser considerado, bem como co-infecção com outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue, a chikungunya e malária.
O tratamento é sintomático e baseia-se principalmente no alívio da dor, redução da febre e anti-histamínicos para erupções pruriginosas.
O tratamento com ácido acetilsalicílico e não-esteróides anti-inflamatórios foi desencorajado devido a um aumento do risco potencial de síndrome hemorrágica relatada com outros flavivírus, bem como o risco de síndroma de Reye após a infecção viral em crianças e adolescentes.