José Manuel Coelho, deputado do PTP, acaba de fazer uma intervenção no plenário do Parlamento, que o próprio classificou de “telegráfica”, para, segundo declarou o próprio, “não ser censurada pela comunicação social”. Uma intervenção, de facto, à sua moda, na qual voltou a considerar-se, a si e a outros como Hélder Spínola, o qual, então ligado ao PND, protagonizou várias acções de contestação ao regime jardinista, como perseguidos.
Nesse sentido, criticou o estado da justiça portuguesa e, principalmente, regional, exibindo um retrato de uma juíza da Madeira, a qual considerou a principal responsável pelo facto de o processo Cuba Livre, que investigou gastos supostamente ilegais de somas muito avultadas nas contas da RAM e a ocultação da dívida e ter esmorecido e resultado virtualmente em nada.
Hélder Spínola, recorde-se, desistiu de prosseguir um recurso para as decisões dos tribunais lisboetas, alegando que não está disposto a legitimar a actuação supostamente viciada dos tribunais regionais. Isto porque o julgamento do recurso em relação ao Cuba Livre foi remetido por Lisboa aos tribunais da Madeira.
Mais uma vez, Coelho não deixou de atacar também Tranquada Gomes, presidente da Assembleia Regional, que, insiste, o persegue… Acusou-o de ser responsável pelo “pagamento de subsídios de reintegração aos deputados, que depois se vem a descobrir serem ilegais”.