Combate às pragas da anona da Madeira conta com nova solução

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No dia 5 de novembro passado, o Conselho do Governo aprovou o Plano Estratégico para a Anona da Madeira, que consiste fundamentalmente na criação de condições que promovam o aumento do volume e da qualidade da produção desta fruta reconhecida pela União Europeia como Denominação de Origem Protegida (DOP), de molde a reforçar as suas vantagens comparativas e poder concorrer diretamente com anonas de outras origens no aprovisionamento dos principais mercados europeus consumidores.

Entre muitos outros, um dos objetivos de curto prazo deste Plano diz respeito ao encontro de solução para minimizar os severos prejuízos que, nos últimos anos, vêm sendo provocados na cultura da anoneira pelos ataques da cochonilha algodão (ou lapa branca) e da mosca da fruta. De facto, o efeito acumulado destas pragas, tem conduzido à debilitação das plantas, e a perdas significativas da produção, destruindo e desvalorizando a fruta.

Não existindo produtos fitofarmacêuticos autorizados, nem técnicas ou meios alternativos, que tenham permitido resolver este problema fitossanitário de forma satisfatória, a Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, através da Direção Regional de Agricultura, já vinha desenvolvendo os necessários estudos com vista a encontrar pesticida eficaz para o combate às pragas em causa.

Depois de realizados diversos ensaios com várias substâncias ativas inseticidas, selecionada a com melhores resultados, e nesta fase em parceria com a respetiva empresa produtora do fitofármaco (Sapec) e de sua distribuidora na Região (Figueira e Freitas Adubos), procedeu-se à satisfação das restantes exigências, designadamente quanto à avaliação da magnitude de resíduos, para solicitar à autoridade nacional na matéria, a Direção-geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), o pedido de extensão para “uso menor” na anoneira de um produto fitofarmacêutico homologado em Portugal mas para outras culturas e fins.

Assim, com base neste único mecanismo legal para fazer face a situações desta natureza, a DGAV veio agora homologar o produto com o nome comercial IMIDAN 50 WP, assente na substância ativa fosmete, com a vantagem de controlar simultaneamente a cochonilha algodão e a mosca da fruta.

Em comunicado, a Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, além do cumprimento de um dos objetivos vertidos no Plano Estratégico para a Anona da Madeira, considera que se trata de uma ótima notícia para os agricultores, uma vez que finalmente passam a deter um meio para reduzir os impactos das pragas que mais vêm penalizando a quantidade e qualidade das suas produções de anona.