Refugiados em Kiev: uma situação deprimente

Para estas pessoas, um mínimo de generosidade representa matar a fome
Para estas pessoas, um mínimo de generosidade representa matar a fome

Rui Marote, em Kiev

Milhares de refugiados da Crimeia e do Leste da Ucrânia vieram refugiar-se em Kiev, entre outras cidades, por causa do conflito com os separatistas pró-russos.

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A maioria destes deslocados que se dirigiu à capital deixou tudo para trás e encontra-se praticamente sem meios de subsistência, contando apenas com o apoio de voluntários. Um dos deslocados de Donetsk explicou ao Funchal Notícias que “a minha mulher deu à luz aqui em Kiev”.

As filas para a refeição diária multiplicam-se mesmo perto da Praça da Independência

Há muitos refugiados do Leste junto à Estação Ferroviária Central. Praticamente não há ajuda do estado, para além da ajuda prestada pelos voluntários e pelas organizações civis. Nesta altura, o número de refugiados já ultrapassa os doze mil, mas cresce todos os dias. Alguns destes refugiados procuram dirigir-se à Rússia, mas as zonas de fronteira estão encerradas por razões de segurança.

Os confrontos já fizeram milhares de mortos desde Abril do ano passado.

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Os refugiados têm de se valer de todos os talentos e expedientes para sobreviver. Saber tocar violino é uma vantagem…

Fomos tentar o contacto com os refugiados, procurando contribuir para levar-lhes um pouco de calor humano e de… comida. Por pequeno que seja o gesto, é sempre bem vindo por parte de quem tudo perdeu.