Fotos: Rui Marote

Três deputados estrearam-se hoje na Assembleia Regional: Gil Canha, que depois da extinção do seu partido, o PND, se apresenta como deputado independente; Quintino Costa, que substitui José Manuel Coelho, do PTP; e Patrícia Spínola (JPP), que ocupa o lugar que lhe cabe no parlamento regional depois de um afastamento motivado por uma gravidez.

Quintino Costa foi o que mais surpreendeu pela positiva, logo nesta primeira sessão, ao ter algumas intervenções certeiras no questionamento dos membros do Governo hoje presentes na “casa da democracia”, nomeadamente aquando da apreciação na generalidade da proposta de decreto legislativo regional que “Adapta à Região Autónoma da Madeira o Decreto-Lei n.º 37/2015, de 10 de março, que estabelece o regime de acesso e exercício de profissões e de actividades profissionais”, depois de cumpridas as disposições regimentais de auscultação dos parceiros sociais.

Quintino considerou que este documento que o governo prepara poderá ter o efeito perverso de “favorecer a cunha para reconhecimento da profissão”, algo que não agradou à secretária regional dos Assuntos Sociais, Rubina Leal. Tudo por causa da cláusula de “requisitos adicionais”. Referindo-se indirectamente ao facto do chefe de gabinete do antigo presidente da ALR, Miguel Mendonça, ter sido contratado num concurso que pedia um licenciado em artes plásticas (à sua medida, portanto), o parlamentar trabalhista aventou a possibilidade de favorecimento.

Noutras ocasiões do debate desta manhã, Quintino mostrou-se igualmente certeiro, acutilante e irónico, como quando aconselhou o governo a recorrer à “Abreu Advogados”, para evitar complicações legais na preparação dos diplomas: “Eles (os diplomas) chegam aqui limpinhos”, ironizou.

A contrastar com esta presença dos três novos deputados,  verifica-se a ausência, do deputado do PCP, Edgar Silva.