Iniciativa “apartidária em defesa da língua portuguesa” concentra-se hoje no parlamento

 

foto: http://www.rtp.pt/rtpmemoria/
Iniciativa “apartidária em defesa da língua portuguesa” concentra-se hoje no parlamento (Foto: http://www.rtp.pt/rtpmemoria/)

 

*Com Lília Castanha

 A partir das 14.30 deste sábado o grupo de “Cidadãos contra o Acordo Ortográfico de 1990” irá se unir no Largo do Chiado, avançando depois para a Assembleia da República, onde está prevista uma manifestação de protesto.

Artur Magalhães Mateus, porta-voz da comissão executiva da iniciativa “apartidária e em defesa da língua portuguesa”, declarou à agência Lusa que a finalidade é incentivar um referendo sobre o Acordo Ortográfico. O responsável afirmou ainda que este protesto pretende “dar visibilidade ao activismo contra o Acordo e alertar as forças políticas de que a iniciativa existe e que deve ser viabilizada”.

Esta manifestação está a ser difundida através das redes sociais e é da autoria do grupo do facebook “Cidadãos contra o Acordo Ortográfico de 1990″, constituído há dois anos na internet e que defende a realização de um referendo, para o qual já angariou 15 mil assinaturas, segundo o porta-voz. Referiu também que durante a manifestação serão recolhidas assinaturas para a iniciativa do referendo.”Quando for concluída a recolha de 75 mil assinaturas em papel, terá de haver obrigatoriamente uma votação da iniciativa no parlamento”, argumentou o responsável.

A assinatura do acordo teve como fundamento o apoio ao papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional e uma maior uniformização ortográfica entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

1 de Janeiro de 2012 marcou o início da utilização da nova grafia nos documentos do Estado, em todos os serviços, organismos e entidades na tutela do Governo, assim como no “Diário da República”.

A nova grafia apresentou-se nas escolas portuguesas de modo faseado, estreando-se no ano lectivo 2011-2012 e completando-se no presente ano lectivo, com a obrigatoriedade da sua utilização em todas as provas e exames.

Este acordo foi assinado em Lisboa em 1990, com as assinaturas dos responsáveis pelo processo de Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.