42 mil entram na universidade e madeirenses com voos esgotados ou a escaldar nos preços

REITORIA DA UMa1
A UMa teve grande procura de certos cursos mas ainda tem vagas por preencher na segunda fase de candidatura que começa amanha.

Os resultados de acesso ao ensino superior foram divulgados hoje a partir das 00h00. Para os estudantes é o início de uma nova etapa. Os madeirenses que foram colocados fora da Região sujeitam-se hoje e amanhã a pagar viagens à volta de 400 euros, com a agravante de grande parte dos voos estarem esgotados.

Na Madeira, os cursos mais procurados são medicina (primeiro e segundo anos), educação física e desporto, psicologia, educação básica, biologia, matemática, e ciências da educação, para além de ciências da cultura. Quem tem notas mais baixas ou apenas por opção pessoal candidata-se ao espaço continental, ficando sujeito às vagas disponíveis, embora com o bónus do contingente especial para a Madeira (no primeiro ano de candidatura).

As famílias enfrentam agora uma grande despesa para colocar os filhos no ensino superior , sobretudo fora da Região. Aqueles que já contavam com a colocação em determinada faculdade, reservaram os voos com antecedência a preços mais económicos. Mas grande parte dos alunos não sabe onde pode ficar, se é que ficam, e só podem agendar viagem a partir de hoje, quando são divulgados os resultados.

Ocorre, no entanto, que nas companhias aéreas, sobretudo as low coast como Easyjet e Transavia, têm os voos esgotados. Só a TAP, com saída amanhã, pelas 16h50, registava vaga em classic a 221,45 euros, com saída da Madeira pelas 21h40, e em executiva, pelas 16h50, no valor de 321, 45 euros.

Nesta primeira fase das candidaturas, foram admitidos 42.068 alunos nas instituições públicas de Ensino Superior, número superior ao ano anterior. Sobraram 8.714 vagas para a segunda fase de candidatura, cujos prazos de inscrição decorrem de 7 a 18 deste mês.

Para grande parte das universidades, a média de ingresso é 9,5 valores. Segundo o Mniistério da Educação e Ciência, o curso de medicina, na Universidade do Porto, foi o que teve a nota mais alta no concurso, 18.67 valores. Mais de três dezenas de cursos admitiram alunos com nota inferior a 10 valores.

Há ainda a registar o facto de ter havido cursos que não registaram a adesão dos estudantes, tendo ficado a zero na procura, como é o caso de algumas vertentes da engenharia. A esperança reside na procura para a segunda fase de candidaturas.