Histórica Taverna Real à mercê do vandalismo e abandono no centro da cidade

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Fotos Rui Marote

O património madeirense edificado continua a suscitar alertas por parte dos leitores do FN que defendem a sua urgente preservação. Desta feita, o foco incide num conhecido prédio situado na baixa citadina. mais precisamente na Rua Direita desta cidade, e que ficou conhecido como a Taverna Real.

É um imóvel cujo destino ainda se desconhece. Para já, continua entregue a si próprio, degradado, vandalizado e sempre à espera de um investimento concreto, no terreno, e não de intenções sempre adiadas.

Segundo as nossas fontes, a Taverna Real foi classificada pela resolução 159/96 de 08/02/1996, como valor local. Presentemente, encontra-se vandalizada no seu interior. Mas não só. As coberturas estão destruídas, permitindo a infiltração de chuvas.

A sua famosa colecção de brasões, organizada pelo antigo proprietário,  Dr. César Figueira César, foi dali retirada e está em paradeiro incerto.

Quem tem acompanhado de perto a história deste tipo de imóveis que se encontram abandonados, faz um apelo à Direção Regional da Cultura para que “entenda que não tem apenas que dar atenção ao património que pertence ao Governo Regional. O património cultural edificado que se encontra na mão de privados, faz parte de um todo e de uma memória histórica coletiva a dar, também, igual atenção, existindo mecanismos para a sua conservação. Falamos da sua classificação, apoio técnico e monetário para a recuperação,  inventário e sensibilização junto dos proprietários, bem como a realização de protocolos de cooperação com as autarquias”.

É sabido que as verbas dos orçamentos são sempre escassas. Mas, segundo nos dizem, outras autarquias do país, também com limitações monetárias, investem na preservação do património edificado porque é a memória histórica de uma Região que está em questão. Sugere-se inclusivamente que a Direção Regional de Cultura trace um plano de intervenção para os casos mais urgentes. Se não tem meios para fazer obras no terreno, pelo menos que atue no sentido de impedir a degradação total e o vandalismo.