*Com Lília Castanha
O que é que está a acontecer à praia do Porto Santo? Há uns bons anos atrás, quando íamos ao Porto Santo, tínhamos a certeza de encontrar uma extensa praia de areia amarela e sol que nos dava um bronzeado dourado único. O tempo tornou-se cada vez mais inconstante e a praia surge em muitos locais com muita pedra ou com a areia cristalizada no fundo do mar, para surpresa de muitos veraneantes, que fizeram chegar o apontamento ao Funchal Notícias.
Entre a zona do cais e o Bar do Henrique encontra-se muita pedra pela praia. Do Bar do Henrique até o Aparthotel Luamar voltamos a ter mais areia e após o Luamar a pedra continua a surgir culminando na Calheta, onde com a maré baixa, apenas se consegue avistar rocha. Daí as pessoas aglomerarem-se nos sítios com menos pedra. Com uma praia tão extensa, todos vão para o mesmo sítio à procura de entrar no mar sem pisar na pedra.
Começa-se a perder a esperança que a praia, a principal atração da ilha dourada, um dia volte a ser o que já foi. Receia-se que o areal de outros tempos não regressará. Mas há uma teoria sobre este fenómeno. Segundo as explicações dos locais, a partir do momento em que foi construído o Porto de Abrigo do Porto Santo, constatou-se que a areia que circula com as marés fica encurralada neste local, acumulando-se dentro do Porto de Abrigo. Procura-se: uma solução para ter a praia verdadeiramente dourada de outrora.
Mas o Porto Santo também tem outra praia paradisíaca de cor turquesa, curiosamente uma praia de calhau, desconhecida da maioria dos seus visitantes: a Praia do Zimbralinho, uma pequena baía situada a sudoeste da ilha entre o Pico das Flores e os Morenos. Esta pequena praia de calhau rodeada por falésias banhadas de águas cristalinas, é digna de uma visita, sendo o seu acesso por percurso pedestre.
Porém, a jóia mais antiga das jóias de Portugal, verso da canção “Porto Santo” do cantor madeirense Max, tem outras atrações além da praia: a calma que induz ao descanso; o vento que é propício aos vários desportos náuticos existentes na ilha e à prática de asa-delta e parapente; o golf; as caminhadas e os passeios de bicicleta ou BTT; o hipismo; o Clube de Ténis; a talassoterapia; os vários picos, miradouros e monumentos que também merecem uma visita dos madeirenses e não só. A ilha dourada certamente poderia ser mais apreciada pelos turistas estrangeiros, fora do mês de Agosto, se se fizessem pacotes de visita à Madeira extensível ao Porto Santo, ou seja cinco dias na Madeira e dois no Porto Santo, uma sugestão dada por um madeirense apaixonado por esta pequena ilha, em conversa com o Funchal Notícias.
