Foi assim a 22 de agosto de 2010. Na rentrée política do PSD no Porto Santo, entre muita festa, música e aplausos, no momento da intervenção do então presidente da Câmara de Porto Santo, eis que toda a gente assistiu alarmada à queda de uma palmeira. A festa deu lugar à tragédia: morreram duas pessoas, uma terceira ficou ferida e o caso arrasta-se ainda hoje em tribunal.

Na sequência da queda da palmeira, Judite Pascoal Nóbrega, 61 anos, residente no Funchal, teve morte imediata. David Alves, de 25 anos, e a sua mãe, de 44, moradores em Almada, ficaram gravemente feridos, tendo o jovem falecido em outubro. Maria do Céu Alves foi já submetida a inúmeras intervenções cirúrgicas, devido a algumas incapacidades a nível motor.

A população há muito que vinha alertando para a inclinação acentuada da palmeira. Mas a vereação nunca pensou que estivesse iminente uma tão grande tragédia.

Após as audiências de julgamento, o ex-presidente da Câmara Municipal de Porto Santo e vereadores foram condenados no tribunal de primeira instância, mas o caso continua em fase de recurso.

Dentro de dias, vem aí mais uma rentrée política do PSD no Porto Santo, como aliás acontece com outros partidos. Há que ter em conta as lições do passado para prevenir futuros problemas, por forma a que a festa seja mesmo para todos.