BE vai pedir explicações a Eduardo Jesus sobre subsídio à mobilidade

Roberto Almada

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda esteve, este domingo, no aeroporto do Funchal, para dizer que é preciso ter os pés bem assentes na terra, relativamente às questões sobre o financiamento do subsídio à mobilidade de passageiros, medida recentemente aprovada em Conselho de Ministros e que fixa o teto máximo de 86 e 65 euros, respetivamente, para residentes e estudantes da Região, nas viagens de e para o Continente.

“Nem tudo são rosas nem maravilhas”, avisou Roberto Almada. O parlamentar escolheu a varanda panorâmica do aeroporto para publicamente anunciar que, na próxima semana, vai confrontar o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura no Parlamento, em relação a aspetos relacionados sobretudo com o financiamento do subsídio.

Primeiro, o regozijo por, finalmente, o governo regional e o partido da oposição terem avançado com uma ideia há muito defendida pelo seu partido. De seguida, as interrogações:

“Existe no Orçamento de Estado um limite de 11 milhões por ano que, se for ultrapassado, o remanescente será pago pelo orçamento da Região. Pergunto: como é o orçamento regional vai suportar este custo se, neste momento, nem temos folga orçamental para pagar o serviço da dívida nem temos dinheiro para acudir às situações de calamidade social? Até que ponto as empresas de aviação, sabendo do teto máximo, não irão praticar preços exorbitantes e se essa situação não irá prejudicar o turismo madeirense?”, questionou o líder bloquista, sublinhando que irá pedir explicações a Eduardo Jesus, na próxima semana, aquando da audição do governante no Parlamento regional.