Raspa de Tacho animam Jardim Municipal com sons do Brasil

Raspa de Tacho
Os Raspa de Tacho, esta noite, no Jardim Municipal. (Foto Rui Marote)

A música brasileira já se faz ouvir no Festival Raízes do Atlântico. Os Raspa de Tacho estão em palco no Jardim Municipal, dando início à terceira e última noite desta XVI edição, com o tradicional “chorinho”, género musical do Brasil.

Tal como aconteceu nos dias anteriores, o evento está a ser acompanhado por muito público, madeirenses e turistas, que aproveitam a noite quente de verão para se divertir e apurar o sentido estético, ouvindo sons daquela que é uma das bandas mais originais na reinvenção dos sons da lusofonia. Formado em 2001, os Raspa de Tacho são eles próprios um exemplo da fusão entre as sonoridades portuguesas e brasileiras, já que o grupo é composto por elementos de ambos os países. Caracterizando-se como um legítimo “regional luso-brasileiro”, o grupo dedica-se à divulgação do primeiro género musical genuinamente oriundo de terras de vera cruz: o “choro” ou “chorinho”. Ritmos alegres e vibrantes marcam os temas originais dos Raspa de Tacho, que lançaram recentemente o seu primeiro CD, intitulado “Choro Malandrinho”.

O "chorinho", sons do Brasil, numa noite de verão. (Foto Rui Marote)
O “chorinho”, sons do Brasil, numa noite de verão. (Foto Rui Marote)

O grupo é composto por Tércio Borges (cavaquinho), João Vaz Pinto (sax soprano), Gabriel Godoi (violão de 7 cordas) e João Fião (pandeiro).

Pelas 22.30, será a vez de a angolana Aline Frazão dar a conhecer a sua música, onde se cruzam as influências de Angola, Cabo Verde e Brasil. Em 2011, a artista lançou o primeiro disco de originais, “Clave Bantu” que conta com a parceria dos escritores angolanos Eduardo Agualusa e Ondjaki. Já em 2013, editou “Movimento”, o segundo álbum, no qual assina a produção musical e a autoria de quase todos os temas.

Aline Frazão será acompanhada por Miroca Paris (percussão) e por Pedro Geraldes (guitarra).

A XVI edição do Raízes do Atlântico, tal como a do ano passado, foi organizada pela Direção Regional de Cultura, numa produção da Edicarte.