IAVE divulga resultados da I fase dos exames

Os resultados dos exames finais nacionais de 2015, tendo por referência o universo dos alunos internos, revelam um quadro de relativa estabilidade na generalidade das disciplinas.

Considerando a natureza pública das provas e a interferência que este fator exerce na sua conceção e na variação anual dos resultados, qualquer análise deve ter em conta uma série temporal mais longa, que permita uma comparação de resultados de 5 ou mais anos.

Não obstante a estabilidade dos programas, é de salientar que, por um lado, nas disciplinas trianuais (12.o ano), 2015 é o primeiro ano em que os conteúdos do 10.o ano integram obrigatoriamente o objeto em avaliação, fator que pode explicar as oscilações de maior amplitude nos resultados observados entre 2014 e 2015. Por outro, a conceptualização das provas, tendo em conta o carácter público dos itens, não pode permanecer cristalizada nos mesmos conteúdos e capacidades, sob pena de excluir, da avaliação externa, partes significativas do currículo. As provas são objeto de consultorias e de auditorias de especialidade, quer por professores do ensino secundário, quer por professores do ensino superior, bem como de parecer prévio pelas entidades representadas no Conselho Científico. No geral, as provas foram consideradas adequadas, tanto no que respeita à sua relação com os documentos curriculares, como em relação ao público-alvo.

Analisando os resultados nas disciplinas com mais de 5000 provas realizadas por alunos internos, verifica-se o seguinte:

resultados-ensino-secundario-2015

Uma nota especial para os resultados das disciplinas de Matemática A e de Biologia e Geologia. No caso da Matemática A, a introdução, pela primeira vez, de conteúdos do 10.o ano é um fator que explica parcialmente a evolução positiva dos resultados, quando comparados com 2014. Adicionalmente, a conceção das provas de 2015 teve em conta diversos pareceres de especialistas, que incluem as entidades com assento no Conselho Científico, que consideraram que o peso que tinha vindo a ser atribuído ao cálculo era excessivo, que a prova deveria conter pelo menos um item de modelação matemática e mobilizar capacidades relacionadas com o conhecimento de conceitos e procedimentos, como já acontecera em diversas provas de anos anteriores. Foi nestes itens (itens 1. a 4. do Grupo I) que se observou uma melhoria considerável dos resultados.

No que respeita à prova de Biologia e Geologia, cuja conceção é em tudo semelhante às provas de 2013 e 2014, verificou-se que os alunos não dominam conteúdos curriculares essenciais que foram avaliados em itens que apelavam sobretudo ao conhecimento e à compreensão simples de conceitos e cujos resultados ficaram aquém do que seria expectável. São exemplos de itens com um resultado inferior ao expectável, tendo por referência provas de anos anteriores, os itens 4., 5. e 7. do Grupo IV.

Lisboa, 13 de julho de 2015
O Conselho Diretivo do IAVE