Madeira na 8ª posição do ranking do exame de Inglês

Gráfico apresentado pela IAVE relativamente aos resultados nacionais do exame de Inglês promovido em parceria com a Cambridge.
Gráfico apresentado pelo IAVE relativamente aos resultados nacionais do exame de Inglês promovido em parceria com a Cambridge.

Só a partir de setembro será possível apurar o desempenho dos alunos em cada uma das dimensões do Preliminary English Test (PET) e das respetivas escolas. O IAVE, organismo do Ministério de Educação que supervisiona os processos de provas e exames nacionais, já revelou entretanto os resultados globais nacionais.

Conforme se pode ver no gráfico disponibilizado na passada semana pelos coordenadores do PET, prova diagnóstica obrigatória apenas para os alunos de 9º ano, a Madeira encontra-se na oitava posição do ranking nacional, num universo de 30 regiões. Lisboa e Porto são as zonas do país com melhores resultados.

O panorama da Região é satisfatório, embora cerca de um quarto dos 2.689 alunos que realizaram o exame tenha revelado um desempenho muito fraco, abaixo dos 45% (nível A1 ou inferior) no global das dimensões da escrita, da leitura e da compreensão e produção orais. No entanto, os estudantes da Madeira conseguiram posicionar-se na faixa entre os 34 e os 41% de níveis B1 e B2, os mais altos da classificação. As pautas com os resultados já foram afixadas nas escolas.

À semelhança do Key for Schools em 2014, também sob a chancela do Cambridge English Language Assessment, o PET este ano foi obrigatório apenas para os alunos de 9ºano. A prova era facultativa para alunos de outros níveis, entre os 11 e os 18 anos de idade.

Recorde-se que o PET implica um maior grau de exigência relativamente ao Key for Schools do ano passado, estando desenhado para certificar sobretudo o nível B1. De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, este nível remete para um utilizador de proficiência intermédia. O exame permite, todavia, obter certificação internacional por parte da universidade de Cambridge também para os níveis A2 e B2.

Questão polémica tem sido a emissão dos certificados. Face à pouca adesão ao pedido antecipado do documento, durante o mês de fevereiro, o ministro Nuno Crato deu indicações para abrir uma segunda fase de requerimento que se prolonga até ao final deste mês. Segundo as contas do IAVE, terão chegado a 22 mil os alunos que obtiveram classificação suficiente para certificação internacional mas não o fizeram na altura própria. Acontece que para os eventuais interessados o certificado passará agora a custar 35 euros, mais dez do que na primeira fase. Sectores ligados à Educação já criticaram a forma como o governo está a tentar financiar o processo, lembrando que o mesmo acarreta despesas para o Estado, uma vez que será a Ação Social Escolar a suportar o custo do certificado no caso dos alunos com escalão máximo de apoio.

Segundo nota do ministério, os certificados da Cambridge serão entregues a partir de setembro e novembro, primeira e segunda fases de requisição, respetivamente.