“Foco de contaminação não está nas piscinas”

 

Fabíola de Sousa

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Piscinas das Salinas- Foto: Fabíola de Sousa

As piscinas das Salinas em Câmara de Lobos estão desde esta manhã interditas a banhos devido ao facto de ter sido detectada a forte presença da bactéria “e.coli” na água do mar. Em declarações ao Funchal Notícias o presidente da Junta de Freguesia de Câmara de Lobos, Celso Bettencourt, garantiu que o “foco de contaminação não está nas piscinas” porque estas são abastecidas pela água do mar.

Contudo, o autarca que, neste momento, gere o Complexo Balnear das Salinas, referiu ao FN que em conjunto com outras entidades competentes na matéria, nomeadamente o IASAUDE, foi decidido encerrar as piscinas para salvaguarda da população e proceder à contra-análise das águas para que as piscinas sejam reabertas com toda a segurança, pois o que está em causa é saúde das pessoas que frequentam o complexo que não pode ser colocada em risco. “Esperamos pela contra-análise à água e só decidimos fechar as piscinas por uma questão de segurança”, afirmou.

Celso Bettencourt referiu ainda que as piscinas serão reabertas apenas quando os resultados das análises à água estiveram em conformidade com os parâmetros de saúde pública, daí não ser possível garantir que na segunda-feira o Complexo Balnear das Salinas esteja a funcionar.

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Piscinas das Salinas- Foto: Fabíola de Sousa

O Funchal Notícias ouviu ainda o ambientalista, Hélder Spínola, para tentar perceber o que está na origem da contaminação das águas e relativamente à bactéria “e.coli” este explicou que a origem do problema da contaminação está nos esgotos. “Essa bactéria está normalmente associada a contaminação fecal, ou seja, esgotos. Não podemos afirmar a sua origem, mas o problema pode derivar de uma descarga de esgotos clandestina ou mesmo de alguns problemas da estação de Tratamento de Águas Residuais de Câmara de Lobos ou da Estação Elevatória”, esclareceu, sublinhando que a única certeza que se pode ter no momento é que a origem da bactéria é dos esgotos.

No entanto, Hélder Spínola, referiu ainda que o mar tem a vantagem de movimentar às águas e com novas análises feitas em breve a bactéria pode desaparecer e tudo voltar à normalidade em breve. O ambientalista disse também que é pouco provável que o foco da contaminação esteja nas piscinas.