A Câmara Municipal do Funchal prestou, esta manhã, uma merecida homenagem póstuma a Paulo Martins. O ato simbólico de descerramento de uma placa com o nome “Rotunda comendador Paulo Martins”, na rua Dr Pita, junto à Quinta Magnólia, é uma distinção que o presidente Paulo Cafôfo quis prestar ao grande dirigente político da UDP e do Bloco de Esquerda.
A cerimónia foi testemunhada pela mulher de Paulo Martins, Guida Vieira, e a filha, Joana Martins, e contou com a presença de dirigentes do BE e de outras figuras da sociedade madeirense que se habituaram a trabalhar com o líder e deputado.
O presidente Cafôfo salientou a figura ímpar de Paulo Martins: “Há homens que se fazem grandes levando os outros a sentirem-se pequenos. Paulo Martins foi um grande homem que, pelo seu exemplo, inspirava os outros a tornarem-se grandes”.
A mulher de Paulo Martins, também ela uma histórica dirigente política e ativista sindical nesta Região, agradeceu a homenagem e lembrou a simbologia do dia de hoje: 27 de junho, aniversário de Paulo Martins, completaria 62 anos, data da fundação, em 74, da UPM- União dos Povos da Madeira, o primeiro movimento político de defesa da autonomia regional, e ainda, a entrada de Paulo Martins como deputado da Assembleia regional, em 1976 .
Roberto Almada, atual dirigente do BE, também marcou presença, juntamente com outros responsáveis do partido. Ao Funchal Notícias deixou algumas notas: “Paulo Martins faria hoje 62 anos se estivesse vivo. Faz hoje 41 anos que o Paulo fundou, com outras personalidades de Esquerda, na Região, a União do Povo da Madeira (UPM), que foi o primeiro movimento de cariz político a defender a Autonomia da Madeira e que se envolveu na Luta contra o fascismo e pela Liberdade. Faz hoje, também, 39 anos que Paulo Martins foi eleito pela primeira vez deputado, pela União Democrática Popular (UDP), à então Assembleia Regional da Madeira. Por isso, esta homenagem, ao homem que foi feito Comendador da Ordem da Liberdade por Jorge Sampaio, neste dia, reveste-se de grande importância política. O Paulo foi um lutador pela Liberdade, esteve na génese da Autonomia e, mais do que isso, procurou sempre elevar o debate político para o campo das ideias e numa perspectiva de resolver os problemas das pessoas. Uma Homenagem merecida a uma personalidade que nunca se vergou às investidas do poder e nunca virou a cara a nenhuma Luta Justa. Que o seu exemplo seja inspirador para todos nós. Para mim, continuará, certamente, a ser”.
