Carlos Pereira abre as hostilidades criticando despedimentos no SESARAM

carlos-pereira sessão plenária na Assembleia Legislativa Regional principiou hoje com uma intervenção do deputado Carlos Pereira, na qual o mesmo questionou fortemente a actuação do novo governo do PSD Madeira, designadamente no que concerne à visão “atabalhoada” que tem da administração pública, e que parece passar pelo despedimento de funcionários públicos,  nomeadamente no SESARAM.

“Precisamos de um governo com sensibilidade social”, não de um transplante das actuações do governo da República, declarou.

O parlamentar e líder do PS-M atacou Miguel Albuquerque, inclusive pelo deslize que teve antes das eleições legislativas regionais, quando declarou que seria necessário despedir funcionários públicos; veio depois, lembrou, dizer que na Madeira afinal não haveria despedimentos. Mas isso afinal não parece ser verdade, questionou.

Por isso, veio assegurar que o PS “vai lutar com todas as suas forças para impedir que tais despedimentos aconteçam.

“Enquanto houver alternativas de poupança na administração pública, não se devem optar pelos despedimentos”, considerou. E o PS não quer acreditar que não há alternativas. Mais: reclamar a necessidade de libertar verbas do Fundo de Coesão para reduzir as dificuldades e as assimetrias.

As declarações de Carlos Pereira foram secundadas por Roberto Almada, do BE, que criticou o ” desmembramento” do sistema de Saúde.

O Governo de Albuquerque, afirmou, não é de renovação, mas sim de continuidade na política de austeridade e de destruição de tudo o que é essencial.

Dionísio Andrade, do PND, lembrou que “muitos dos que obtiveram emprego na função pública fizeram-no graças ao “cartão laranja”. E disse que era de facto necessário repensar a necessidade de funcionários públicos na Região para uma medida comportável.

A sua intervenção não foi muito bem acolhida pelo PS, que argumentou que um desempregado é um desempregado, tenha que cartão tiver. Os deputados do PSD disseram que não é certo que ocorram os ditos despedimentos no SESARAM, mas não se atreveram a responder totalmente ao repto de Carlos Pereira: o de desmentir categoricamente que tais despedimentos vão acontecer.