Arbitragem regional – novo ciclo

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Com as eleições para o quadriénio 2015 / 19 na AFM, um novo ciclo se perspetiva para a arbitragem regional.

 Com o lema “Mais e melhor arbitragem”, o novo CA, integrado por agentes com vasta experiência nesta área, tem pela frente a árdua mas desafiante tarefa de devolver à arbitragem madeirense o prestígio que já possuiu e que perdeu nos últimos anos.

 Com um projeto altamente inovador para a RAM e que foi apresentado aos árbitros na presença de ilustres figuras nacionais como Pedro Proença e Paulo Costa, começa já a mostrar trabalho, conseguindo num curto espaço de tempo mostrar que é possível atingir o primeiro dos grandes objetivos (“mais arbitragem”): ter equipas de arbitragem completas para todos os jogos, satisfazendo as necessidades das competições.

 O 2º objetivo (“melhor arbitragem”), passa por aumentar a nossa representatividade nacional em todas as áreas e variantes da arbitragem. Este é um desígnio que só terá frutos a médio prazo pois a qualidade não nasce de um dia para outro.

 Em primeiro lugar há que criar estratégias de captação de novos árbitros, potenciando a sua fidelização, evitando o abandono precoce. Há que estabelecer parcerias com o sistema educativo e com os clubes, aproveitando os recursos humanos qualificados da arbitragem, desde os antigos árbitros aos que ainda estão no ativo, no acompanhamento e formação dos mais novos.

 Depois, há que criar um conjunto de incentivos para além dos monetários. Para além do cumprimento dos prazos de pagamento dos subsídios a que os árbitros têm direito, é possível aumentar-lhes o grau de motivação, seja através da criação de melhores condições ao nível dos seguros, acompanhamento médico, aquisição de equipamentos, seja através da facilitação do acesso a jogos da liga profissional ou duma política de nomeações que valorize as competências de cada um.

 Estas estratégias, acompanhadas da melhoria da formação contínua e dum sistema de classificação / avaliação mais justo, envolvendo todas as estruturas ligadas à arbitragem, fará com que a médio prazo possamos ter mais árbitros de futebol e futsal nos escalões nacionais, sem esquecer o futebol de praia e a arbitragem feminina, bem como os observadores.

 É este o grande desafio que se avizinha e que, Francisco Costa e seus pares, saberão dar conta do recado, promovendo a união de esforços entre todos aqueles que estão ligados à arbitragem e que fazem dela a sua paixão. Aos que não estiverem interessados nestes desígnios só lhes resta um caminho: pelo menos não atrapalhem! A arbitragem madeirense agradece.