Padaria do Porto Santo está em rutura com 22 trabalhadores apreensivos

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A única Padaria do Porto Santo enfrenta a maior crise de sempre.

Aquela que é considerada a única Padaria do Porto Santo atravessa hoje uma situação económica aflitiva devido às dívidas acumuladas. Os fornecedores exigem o pagamento imediato dos créditos e ameaçam não fornecer a matéria prima a não ser a pronto pagamento, o que agrava a situação do estabelecimento.

Os 22 trabalhadores que prestam serviço neste estabelecimento acompanham com apreensão o problema e têm contado com a mediação do Sindicato da Hotelaria. Segundo o coordenador desta estrutura sindical, “não se compreende que, sendo a única padaria na Ilha Dourada, tivesse acumulado um passivo tão elevado, quando se esperava que a situação fosse de rentabilidade”. Adolfo Freitas esclareceu que “os problemas vieram à superfície com o recente falecimento do seu proprietário”, tomando a mulher as rédeas do negócio. Porém, “o problema agrava-se com a ameaça dos fornecedores de só entregarem a matéria prima a pronto pagamento”.

Já foram ponderadas várias hipóteses de greve, devido a salários em atraso aos funcionários, tendo no entanto aceite a solução temporária de liquidar em prestações os vencimentos em atraso de fevereiro e março.Tudo isto para evitar o encerramento do negócio.

O Sindicato da Hotelaria – que se encontra em várias frentes de combate devido aos problemas que afetam inúmeros trabalhadores do setor no arquipélago – não quer o encerramento da Padaria do Porto Santo, pois considera que “tem condições para ser viável”. Adolfo Freitas recomenda que “a gestão deva ser entregue a alguém que domine o sector da panificação, sem obviamente querer tirar o mérito a quem já lá está”.