O ambiente, embora ainda de expectativa, já começa a ser festivo na sede da CDU. Os resultados que vão chegando vão sendo atentamente acompanhados no écran de TV e, enquanto os presentes vão deglutindo alguns comes e bebes para enganar a fome durante a longa noite, seguem a par e passo a evolução da situação.

O cabeça-de-lista, Edgar Silva, considera que neste momento ainda há um conjunto de dados decisivos que estão por apurar. “Mas, dos dados já apurados, nós podemos dizer com absoluta segurança que vamos ter mais votos e mais eleitos da CDU. E vamos ter um significativo crescimento e uma perspectiva que, em nosso entender, é extremamente positiva”.

Daí o “ambiente de contentamento”, conforme o classificou ao Funchal Notícias, que já se verifica na sede da Rua João de Deus, no Funchal.

Para Edgar Silva, “aqueles sinais de crescente confiança na CDU, ainda não da forma desejável, ou se calhar ainda na forma proporcionalmente justa”, traduziram-se porém numa “dinâmica clara de crescimento”, obtida através de uma campanha de “proximidade e de esclarecimento” que “está a dar frutos”.

Edgar Silva aguarda, porém, para ver como tudo fica, na correlação de forças ainda por apurar.

Quanto à elevada abstenção, considera que “prejudica toda a gente”, mas revela sobretudo “um descontentamento muito grande por parte das pessoas, um desalento muito grande face a todas as políticas de terrorismo social, a todos os processos de injustiça”.

“Os injustiçados são tantos que esse desalento tem uma expressão eleitoral inocultável”, referiu.

Edgar não quis avançar nenhum prognóstico quanto ao número de deputados que a CDU poderá eleger: “Ainda é cedo”, considerou. “Se obtivermos um grupo parlamentar, já conseguimos um passo muito importante. Mas vamos aguardar, há ainda elementos que estão dependentes de pequenos pormenores”.