Estudo de opinião coloca CDS à frente da Mudança

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José Manuel Rodrigues garante que a receção do eleitorado tem sido grande ao projeto do CDS-PP.

Um estudo de opinião feito pela direção nacional do CDS-PP apurou que, nas próximas eleições regionais de 29 de março, este partido fica à frente da Coligação Mudança, com um resultado eleitoral de 20%.

A maioria absoluta do PSD/M ainda não está garantida, mesmo que o mesmo estudo indique que a liderança de Albuquerque possa atinjir os 46% do eleitorado. Com efeito, a percentagem que confere a maioria absoluta está diretamente relacionada com os níveis da abstenção.

A Coligação liderada pelo socialista Vitor Freitas, juntamente com PTP, MPT e PAN poderá não ir além dos 18%. A CDU deverá ficar-se pelos 5%, assim como a JPP, com 5%, e o Bloco de Esquerda à volta dos 2%.

Segundo o Funchal Notícias apurou, os dados deste estudo invertem a tendência da sondagem hoje publicada pelo DN/SIC/Expresso, segundo a qual o CDS obteria 12,5% e a Mudança 19,5%.

Como já é sabido, o CDS-PP costuma elaborar estudos internos que se têm aproximado dos últimos resultados eleitorais, alcançados nas urnas, dada a máquina interna instalada pelo líder nacional, Paulo Portas. Recorde-se que, nas últimas eleições legislativas regionais, de 2011, as sondagens indicavam o segundo lugar para o PS/M, mas os indicadores adiantados por José Manuel Rodrigues ao Sol, tam,bém com base num estudo então realizado, vieram a confirmar-se, dando o segundo lugar aos populares.

A confirmar-se estes dados, o CDS-PP manterá ou até poderá aumentar o atual número de deputados (9). Outra ilação destes eleições poderá ser o facto de a junção de vários partidos, nomeadamente a distribuição de três lugares ao partido de José Manuel Coelho, pode não convencer o eleitorado da esquerda.

O estudo dos populares foi também realizado ao longo desta semana que termina, no mesmo período da Eurosondagem, com igual método da entrevista por telefone aos eleitores. Mas há um dado curioso: para obter as 2 mil respostas, os inquiridores tiveram que duplicar o universo da amostra, em cerca de 4 mil, porque grande parte dos inquiridos ou desliga o telefone ou diz não querer responder às questões por estar indeciso.