Um espaço aprazível, seguro e cosmopolita. É assim que os milhares de turistas que visitam a capital da Madeira a definem. Enche-se de maior graciosidade quando os grandes cartazes turísticos como o fim do ano, carnaval, festa da flor e festas do Vinho Madeira a expõem aos olhos dos visitantes mas também é acolhedora para os residentes.
Há cidades que têm grande riqueza económica. Mas são seguras. Há outras com uma grande pluralidade de ofertas culturais. Mas sem qualidade de vida. O Funchal é uma cidade à beira mar, modesta nos seus recursos e saídas profissionais, mas com segurança e qualidade de vida.
A crise económica fechou muitos dos seus paradigmáticos estabelecimentos comerciais. Mas a história faz-se habitualmente destes interregnos. Hoje fecha uma loja, amanhã abre outra. Nada que ofusque o interesse do visitante.
Os que chegam à Madeira por via aérea procuram desde logo apreciar a beleza das dez freguesias, em particular o universo romântico do Monte e o tradicional passeio nos carros de cestos. Uma visita aos Jardins do Monte Palace, mesmo ao lado, impõe-se, assim como uma viagem de teleférico, entre Avenida do Mar e as Babosas.
Com uma área estimada de pouco mais de 76km2, a capital do arquipélago concentra cerca de 41,8% dos habitantes da Madeira, segundo dados dos Censos de 2011, num total de 111,892. A indústria hoteleira constitui o principal pilar da economia regional, com uma grande concentração de unidades hoteleiras de renome na urbe.
Descoberta em 1419 e povoada a partir de 1425, o Funchal honra a memória de João Gonçalves Zarco, mas hoje rendeu-se cada vez mais às praças, às rotundas, às vias rápidas e às novas construções que caracterizam a chamada Madeira Nova.
A freguesia mais populosa, Santo António, proporciona aos visitantes boas vistas panorâmicas sobre o Funchal, a partir do Pico dos Barcelos. Outro ponto de referência é o Arquivo Regional, que poderá ser visitado por um tipo de turista com interesses de ordem cultural, assim como a Universidade da Madeira, no Campus da Penteada.
Uma visita ao histórico Teatro Municipal Baltazar Dias é outro motivo de interesse, podendo os espetadores assistir às peças de teatro em cartaz assim como aos espetáculos de música clássica.
Para os amantes dos ecossistemas, impõe-se a visita a espaços de grande valor como o Parque Ecológico do Funchal e as Reservas Naturais do Garajau e das Ilhas Selvagens.
A animação noturna na cidade ainda está aquém do desejado pelos investidores. Mas tem crescido nos últimos anos. As discotecas Vespas e Copacabana constituem as preferências de madeirenses e turistas, bem como o Jam e o sempre animado Café do Teatro. Outros cafés e espaços de convívio têm conquistado a simpatia dos mais jovens, mesmo no centro da cidade.
Que dizer da Zona Velha da Cidade, um espaço pitoresco onde a história se entrelaça com a animação? A revitalização desta área é um dos objetivos da Câmara Municipal do Funchal, cujos imóveis, pela sua antiguidade, se vão degradando. Algumas intervenções têm sido levadas a cabo, melhorando alguns edifícios, mas muito há ainda a fazer. É de salientar a crescente afluência de madeirenses e turistas à Zona Velha no fim de semana, transformando-se a Rua de Santa Maria numa espécie de “marginal” de convívio, em que as esplanadas e os comes e bebes tomam conta do espaço pela noite dentro.
O betão passou também a caracterizar o Funchal. É o preço do progresso. Importa, contudo, zelar por um crescimento sustentado, em defesa de uma cidade que continue a cativar o visitante.
A baía do Funchal é outra porta de entrada. Pelo porto passam centenas e centenas e centenas de turistas que desembarcam dos navios de cruzeiro e fazem crescer o sempre limitado comércio regional.
Uma oferta de valor histórico também pode ser apreciada pelo visitante: os emblemáticos Museus de Arte Sacra, Cruzes, Frederico de Freitas, Arte Contemporânea-São Tiago, a par de outros imóveis históricos como a Sé Catedral, Igreja do Colégio, Assembleia Regional (onde era a antiga Alfândega do Funchal), Fortaleza do Pico, entre outros.
