Albuquerque quer melhoria de condições para agentes da PSP

O presidente do PSD, Miguel Albuquerque, diz que o partido vai apoiar um conjunto de reivindicações, quer no quadro regional, quer no quadro da Assembleia da República, que entende ser justas, no sentido da valorização da carreira da Policia de Segurança Pública.

Para Albuquerque, “os profissionais da PSP não podem ser vistos apenas como mão-de-obra barata para resolver problemas a montante ou a jusante daqueles que são os problemas da segurança e que têm de estar na rua, cumprindo a sua missão de proteger a população, mas para isso é preciso terem condições para o exercício da profissão, terem a bonificação merecida e as remunerações adequadas”.

Palavras proferidas à margem de uma reunião com a Delegação Regional da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia.

Atirando culpas para a República pelo que não foi entretanto resolvido, Miguel Albuquerque defende a existência de um contingente para as Regiões Autónomas, “uma forma de termos o maior número de concorrentes para preenchimento dos quadros, assim como dos agentes da Madeira e dos Açores, ao concorrerem, saberem que ficam nas suas Regiões, junto das famílias”.

Considerou “inadmissível” o facto dos profissionais da PSP a cumprirem funções na Madeira e nos Açores não terem direito ao Subsídio de Insularidade há muito reclamado, pelo PSD/M, junto do Estado.

Criticou ainda o estado das instalações – especialmente as condições das Esquadras de Machico, Santa Cruz e Porto Santo – que “há muito já deviam estar resolvidas”.

“Nós solicitamos, por diversas vezes e mostramos a nossa disponibilidade para resolver este problema, através de um contrato-programa entre a Administração Interna e o Governo Regional, incluindo no caso do Porto Santo, onde temos um terreno disponível para a edificação da Esquadra (…)”, disse Albuquerque.

O candidato disse ainda que o Governo Regional continuará a assegurar os cuidados médicos e os medicamentos, via Serviço Regional de Saúde, a estes profissionais, mas recordou que este é outro dos assuntos que importa resolver junto do Governo da República, tanto mais quando, neste momento, a dívida dos subsistemas de saúde da GNR, da PSP e das Forças Armadas já supera os 50 milhões de euros.

“Não nos passa pela cabeça deixar de prestar este serviço a estes homens e mulheres, mas é fundamental que o Estado assuma as suas responsabilidades e não podem ser os contribuintes da Madeira a pagar, como já disse várias vezes, os custos de soberania, exigindo-se, também aqui, um acordo entre o Governo Central e o Governo Regional para ultrapassar, de uma vez por todas esta questão”, declarou.