PTP denuncia falta de condições para as mulheres no sector da hotelaria

Imagem retirada da página pessoal do facebook
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O PTP assinalou hoje o Dia Internacional da Mulher distribuindo flores às trabalhadoras do sector da hotelaria. Raquel Coelho relembrou os acontecimentos que deram início a este dia, nomeadamente o assassínio de 130 mulheres em Nova Iorque no século XIX que protestavam por melhores condições de trabalho numa fábrica, quando a mesma foi incendiada e as mulheres impedidas de sair.

“Por reivindicarem melhores condições de trabalho, estas mulheres foram barricadas na fábrica onde trabalhavam, que depois foi incendiada. Este dia serve para lembrar a importância da conquista dos direitos laborais e da igualdade de género para as mulheres. Passados mais de 150 anos deste fatídico dia, julgaríamos nós que na nossa sociedade, casos de exploração laboral para com as mulheres tivessem sido ultrapassadas, mas infelizmente não é o que se verifica. Todas as semanas chegam-nos notícias, particularmente no sector da hotelaria aqui na Madeira, em que mulheres são vítimas de discriminação e exploração”, referiu Raquel Coelho.

Esta figura do PTP denunciou que são muitos os casos em que as mulheres são obrigadas a trabalhar mais de oito horas por dia. A maior parte delas hoje recebe valores muito diminutos, o que as obriga a trabalhar 15 a 16 horas por dia para ter um salário decente no final do mês, afirmou. Há também, afiançou, situações de trabalhadoras que são vítimas de agressões físicas e verbais, algumas delas que são também “molestadas pelos próprios patrões”.

O PTP diz também que há muitas trabalhadoras no sector da hotelaria que, por quererem engravidar ou amamentar os seus filhos, não vêem renovados os seus contratos de trabalho. “E se fizerem alguma queixa ou alguma lamentação, podem ser vítimas de processos por calúnia e difamação”.